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Liminar que suspendia despejo de 8.000 famílias é derrubada

Com a decisão, reintegração de posse da região do Isidoro volta a valer

Minas Gerais|Do R7

Cerca de 8.000 famílias vivem nas ocupações da região do Isidoro
Cerca de 8.000 famílias vivem nas ocupações da região do Isidoro Cerca de 8.000 famílias vivem nas ocupações da região do Isidoro

A liminar da Vara da Infância e da Juventude que suspendeu o despejo de 8.000 famílias da região do Isidoro, na região norte de Belo Horizonte, foi derrubada nesta quarta-feira (13). Com a decisão da desembargadora Selma Marques, a reintegração de posse da Granja Werneck volta a valer.

A magistrada entendeu que "estão presentes os requisitos necessários para a concessão da decisão, ou seja, fundamento relevante e ineficácia da medida a ser combatida". Para a desembargadora, a determinação de reintegração dada pela juíza Luzia Divina Peixoto, da 6ª Vara Municipal, "já está transitada em julgada".

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A desembargadora pediu a comunicação imediata às autoridades sobre a suspensão da liminar. Ela ressaltou ainda que a decisão é "cautelosa quanto às crianças, cabendo à Polícia Militar protegê-las, bem como todos os envolvidos na ação policial".

Prevista para as 6h desta quarta, a reintegração de posse foi suspensa em decisão do juiz Marcos Padula. Ele tinha determinado que o despejo das famílias não fosse feito até que a Prefeitura de BH apresente um plano detalhado de alocação escolar de todas as crianças e adolescente residentes nas ocupações Vitória, Esperança e Rosa Leão. Além disso, o magistrado fixou um prazo de dez dias para a apresentação desse planejamento, sob pena de multa diária de R$ 5 mil.

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Em sua decisão, o juiz citou a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente e entendeu que os argumentos apresentados pelo Ministério Público são relevantes. Ainda segundo ele, o Poder Público deve assegurar à criança e ao adolescente com absoluta prioridade o direito à vida, saúde, alimentação e educação, entre outros, colocando-os a salvo de toda forma de negligência, violência, crueldade e opressão.

Outra ação

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Outra ação do Ministério Público também aguarda julgamento na 6ª Câmara Cível do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais). Neste recurso, a promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos, Igualdade Racial, Controle Externo da Atividade Policial, Apoio Comunitário e Questões Possessórias Urbanas Coletivas pede a suspensão definitiva da liminar de reintegração de posse sob argumento de inconsistências no processo que culminou na ordem de despejo.

Entre os vícios apontados pelas promotoras estão informações duvidosas sobre o limite das propriedades particulares e pública na região do Isidoro. Além disso, o MP apontou que parte do terreno ocupado está inserida em uma Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) e que parte das ocupações Vitória e Rosa Leão estão localizadas no município de Santa Luzia, na Grande BH, e o pedido de reintegração de posse movido pela PBH não abrange propriedades em outras cidades.

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