Pai que atirou em criança de três anos é suspeito de fornecer drogas a detentos
Após o crime, o homem pulou de uma altura de aproximadamente 60 metros e morreu
Minas Gerais|Do R7 com Record Minas
O homem que atirou na cabeça do filho de apenas três anos e se matou era suspeito de fornecer drogas a detentos do Presídio de Barão de Cocais, na região central de Minas Gerais. O esquema foi descoberto pela PM (Polícia Militar) após o crime, que aconteceu na madrugada de domingo (25).
De acordo com os militares, Maikson Antônio Apolinário, de 26 anos, era funcionário de uma padaria que fornece refeições para a unidade prisional. No momento do crime, ele estava com o carro do estabelecimento onde trabalha pois deveria realizar uma entrega no presídio. Mas, em vez de ir à penitenciária, ele teria saído com o filho e seguido até um local afastado da cidade, conhecido como Pontilhão do Castro.
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No local, o suspeito atirou na cabeça do filho e, em seguida, pulou de uma altura de aproximadamente 60m. Ele teria cometido o crime pois estaria inconformado com o fim do relacionamento com a ex-mulher, a quem agrediu e manteve em cárcere privado por pelo menos um dia na casa da vítima.
Ao chegar ao local do crime, os militares encontraram o filho de Apolinário ferido com um tiro na testa. A criança foi socorrida em estado grave a uma unidade de saúde da cidade e depois transferida para o Hospital de Pronto-Socorro João 23, em Belo Horizonte. Segundo a Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais), o estado de saúde dele ainda é muito grave.
Ainda no interior do automóvel, segundo o cabo Arthur Magalhães, a PM localizou uma garrafa térmica contendo várias porções de drogas e chips de celular, material que provavelmente seria entregue a detentos da unidade prisional da cidade. No entanto, o caso ainda será investigado pela Polícia Civil.
— Esses materiais seriam destinados ao presídio de Barão de Cocais, em uma entrega que ele faria às 6h.
Entenda o caso
Na madrugada de domingo, uma mulher bastante ferida chegou à sede do quartel da PM de Barão de Cocais relatando que teria sido agredida e mantida em cárcere privado pelo ex-marido por um dia. No entanto, o suspeito teria saído com o filho do casal, um menino de três anos, e foi quando ela conseguiu fugir da casa onde estava presa.
A vítima também contou aos policiais que o ex-marido trabalhava em uma padaria. Os militares então foram até o estabelecimento onde Apolinário trabalhava e, quando chegaram ao local, o patrão do suspeito conversava com ele ao telefone. O homem teria dito ao chefe que estava no Pontilhão do Castro e que iria se matar pois teria cometido uma "grande bobagem".
Ao chegar no local, a PM encontrou a criança já desfalecida dentro do carro com um tiro na cabeça, enquanto o suspeito tinha pulado da ponte. O revólver calibre 38 utilizado no crime foi apreendido dentro do veículo com cinco munições, sendo quatro deflagradas.
Um jovem que teria ajudado Apolinário a manter a ex-mulher em cárcere privado foi preso em flagrante. No entanto, Arcos Reis nega que soubesse que a vítima estivesse sendo mantida presa dentro de casa.