Prefeito de BH quer ônibus a R$4,50, mas donos rejeitam proposta
Reajuste seria de 11% na tarifa, que custa hoje R$4,05. Empresas teriam que recontratar trocadores e instalar maior número de ar-condicionado
Minas Gerais|Matheus Renato Oliveira*, do R7, com RecordTV Minas
Não houve acordo durante a reunião, nesta sexta-feira (21), entre a Prefeitura de Belo Horizonte e as empresas de transporte de ônibus sobre o aumento das passagens. No encontro, o prefeito Alexandre Kalil ofereceu um reajuste de 10%, aumentando as passagens de R$ 4,05 para R$ 4,50.
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A justificativa para o aumento, segundo a prefeitura, seria a inflação do setor e o aumento do preço do diesel. Na negociação, Kalil também exigiu a volta de 500 trocadores recentemente demitidos e o investimento de mais 300 ônibus com ar-condicionado rodando na capital.
O presidente do Setra-BH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte), Joel Jorge, disse não aceitar a imposição da prefeitura e que, além de baixo, o rejauste oferecido não cobre o aumento do valor dos insumos dos últimos dois anos. Também falou que as empresas não irão nem recontratar os trocadores demitidos nem renovar a frota. O investimento com mais 300 ônibus com ar-condicionado, por exemplo, custaria R$ 120 milhões.
Ele prometeu procurar a justiça e exigir que a administração municipal cumpra o contrato vigente, mas não afirmou o preço de passagem possível que pode ser contraposto. Uma nova reunião está marcado para esta segunda-feira (24), às 11h.
* Estagiário do R7, sob supervisão de Flávia Martins y Miguel