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Professor da UFMG acusado de assédio sexual terá seu trabalho supervisionado

Comissão de Ética fez acordo e pediu retratação do docente

Minas Gerais|Do R7

Estudantes pregaram cartazes na FAFICH em protesto na época da denúncia
Estudantes pregaram cartazes na FAFICH em protesto na época da denúncia Estudantes pregaram cartazes na FAFICH em protesto na época da denúncia

O professor da UFMG, Francisco Coelho, que foi acusado de assédio no fim de 2013 terá seu trabalho supervisionado por outro docente e vai se retratar em nota, segundo a direção da Fafich (Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas).

A decisão foi tomada após um acordo entre a Comissão de Ética do Conselho Universitário da universidade e o professor. O teor do documento não pôde ser divulgado, mas, de acordo com o diretor da Fafich, Fernando Filgueiras, não foi apurado se houve assédio ou não. Ainda assim ficou decidido que um membro da comissão vai acompanhar o trabalho do professor, estando sempre disponível para receber reclamações de alunos.

Coelho, no entanto, afirmou que não foi informado sobre a supervisão, mas confirmou que escreveu um texto de retratação que será afixado nas paredes da faculdade, como parte do acordo. Segundo o docente, o conteúdo da nota é um pedido de desculpas e uma explicação dizendo que a situação foi um mal-entendido.

Fernanda Maria Caldeira, membro do CACS (Centro Acadêmico de Ciências Sociais) que encabeçou as denúncias no ano passado, comemora as punições.

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— É uma conquista a universidade reconhecer que não é tranquilo fazer isso em sala de aula. As alunas ficaram muito incomodadas com o que aconteceu.

Processo na Justiça

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O professor Francisco Coelho está processando quatro alunos, representantes do CACS na Justiça por danos morais. Na ação, o professor solicita que o CACS seja impedido de promover ou participar de qualquer ato para divulgar conteúdo difamatório ou calunioso contra ele. O docente também requer uma indenização de R$ 25 mil por danos morais, além do ressarcimento de gastos com advogados e custas processuais.

Entenda o caso

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Em outubro do ano passado alunos do curso de Ciências Sociais denunciaram o professor Francisco Coelho por assédio sexual depois que o docente teria dito em sala de aula para uma estudante que gostaria de "vê-la na horizontal". Por causa da denúncia, foi aberta uma sindicância contra o professor que foi finalizada em janeiro deste ano. O ex-Diretor da Fafich, Jorge Alexandre Barbosa enviou o resultado da sindicância para a procuradoria da universidade no início de fevereiro. O laudo diz que não houve assédio sexual, porém, foi constatado que houve “falta de urbanidade” ou seja, indelicadeza, no comportamento do docente.

O processo no âmbito administrativo disciplinar na UFMG continua para apurar se há necessidade de uma punição mais grave.

*Com colaboração da estagiária Laura Marques

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