Reservatórios de água que abastecem a Grande BH atingem pior nível da história

A partir da próxima semana, os reservatórios que formam o Sistema Paraopeba e abastecem grande parte da região metropolitana de Belo Horizonte devem atingir o pior nível da história. A tendência é comprovada quando analisado o quadro de evolução do nível dos reservatórios divulgado pela Copasa (Companhia de Abastecimento de Minas Gerais) nos últimos meses e confirmada pelo diretor de operação metropolitana da empresa, Rômulo Perilli.

— Este é o pior momento desde que existe os três reservatórios. Mas, a situação está controlada e é monitorada.

Na semana passada, o volume de água nos três reservatórios que compõem o sistema (Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores) voltou a ficar abaixo de 30%, como registrado em janeiro deste ano. Na sexta-feira (21), ele operava com 29,9% de sua capacidade total. 

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Ainda de acordo com dados da Copasa, o sistema chegou a operar essa marca em 1º de janeiro de 2015. No entanto, o volume de chuvas registrado até o fim de março e a redução do consumo após a campanha de economia de água realizada pela empresa, fizeram com que o nível dos reservatórios voltasse a subir e chegasse a quase 40% no mês de maio.

— Naquela época, nossa preocupação era que o volume do sistema já estivesse em colapso agora. Mas, como houve uma redução espontânea do consumo da população e um aumento de chuvas no início deste ano em relação ao final do ano passado em 55%, a situação ficou menos preocupante.

Conforme Perilli, essa mudança de cenário possibilitou um aumento de mais 70 milhões de metros cúbicos de água nos reservatórios e eliminou o risco de racionamento ou sobretaxa na região. No entanto, o pior ainda está por vir já que, a partir de agora, a tendência é que o nível dos reservatórios só caia até o início do período chuvoso, previsto para outubro.

— Ainda é uma situação de muita apreensão e que não nos permite relaxar. Por isso, precisamos reduzir o consumo de água até outubro e novembro.

Crise hídrica na Grande BH acaba em dezembro

— Até 20 de dezembro, nós estaremos com problema da crise hídrica resolvido. 

A afirmação é do diretor de operação metropolitana da Copasa (Companhia de Abastecimento de Minas Gerais), Rômulo Perilli. Ele afirma que, com a conclusão da obra de ampliação da captação de água no rio Paraopeba, em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte, o risco de falta d'água estará eliminado. 

Ainda segundo ele, essa obra garantirá mais 5.000 litros de água por segundo à ETA (Estação de Tratamento de Água) do Rio Manso, que integra o Sistema Paraopeba. A obra teve início em 1º de julho e deve ser concluída até dezembro deste ano.

Ao todo foram investidos R$ 128,4 milhões na ampliação da captação, que segundo a Copasa, faz parte de uma obra maior de ampliação do Sistema Produtor Rio Manso, realizada por meio de PPP (Parceria Público-Privada).