Suspeito de matar fiscal de ônibus em BH nega arrependimento pelo assassinato

Sem arrependimento, o suspeito Lucas Gomes de Oliveira, de 20 anos, confessou ter matado o fiscal de ônibus Webert Eustáquio de Souza, de 33, à queima-roupa, em Belo Horizonte. Na apresentação à imprensa, nesta terça-feira (6), Gomes admitiu com frieza que em "momento algum" sentiu remorso por matar o funcionário e disse que foi agredido pelo fiscal.

O crime aconteceu no dia 1º de outubro, na avenida Cristiano Machado, no bairro Ipiranga. O delegado Emerson Morais explica que no dia anterior o suspeito já havia sido abordado em um coletivo pelo mesmo fiscal e alegou que não pagaria a passagem porque estava sem dinheiro. Os dois teriam brigado. 

Leia mais notícias de Minas Gerais no Portal R7

Experimente grátis: todos os programas da Record na íntegra no R7 Play

Em um depoimento gravado que durou uma hora, Gomes explicou que foi até a garagem para procurar os fiscais, mas não os encontrou. Ele diz que em seguida foi à praça Sete e comprou um revólver por R$ 700. 

No dia seguinte, Souza embarcou no veículo da linha 1502 e se deparou novamente com Gomes. Quando o fiscal perguntou se ele já havia pago o bilhete, o suspeito sacou o revólver e o matou à queima-roupa com três tiros. Outro fiscal e uma passageira se feriram. A câmera do ônibus gravou a execução e a correria dos passageiros. 

Lucas Gomes de Oliveira se escondeu no Vale do Rio Doce, na casa de parentes, até passar o período de flagrante. Ele se entregou nesta terça-feira (6), acompanhado pelo advogado, e confessou o assassinato. Segundo a polícia, ele já tinha sido detido por furto e tráfico de drogas. Agora, será indiciado por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. 

Ele teve a prisão temporária decretada e vai ficar 30 dias no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Grande BH.