O policial militar reformado suspeito de atirar na cabeça de um menino de 12 anos na Grande Belo Horizonte ameaçava os moradores da rua onde o crime ocorreu. O garoto foi baleado durante um protesto por melhor serviço de limpeza urbana em Santa Luzia na noite de segunda-feira (1º).
Segundo Rute Guido, vizinha do policial há 30 anos, as ameaças no bairro Cristina eram frequentes.
— Há 30 anos esse homem faz isso. Ele ameaçava as crianças, a gente não podia brincar na porta da casa dele.
Segundo relatos de testemunhas, Vanderlei Gomes da Fonseca, de 72 anos, atirou contra o adolescente depois de escutar o barulho de uma explosão oriunda da manifestação. Irritado com o barulho, o policial pegou uma arma, saiu de casa e atirou.
O menino foi socorrido e levado para o Hospital Pronto-Socorro João 23, em Belo Horizonte, onde está internado em estado gravíssimo. De acordo com familiares, o adolescente não participava do protesto e foi baleado depois de sair de casa para comprar pão.
O policial, que tinha 16 anos de corporação, está preso na sede do 1º batalhão, no bairro Santa Efigênia, região leste da capital. A PM não informou se a arma usada, um revólver calibre 32, tinha registro.