“Agradeço por toda força”, diz Rennan da Penha após deixar prisão
DJ deixou o Complexo de Gericinó na manhã deste sábado (23); idealizador do Baile da Gaiola teve prisão revogada após decisão do STJ
Rio de Janeiro|PH Rosa, do R7
O DJ Rennan da Penha, idealizador do Baile da Gaiola, na zona norte do Rio, deixou na manhã deste sábado o Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio. A soltura ocorreu após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) conceder habeas corpus para o DJ. Rennan estava preso desde abril deste ano no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste.
Após deixar o presídio, ele comemorou a liberdade e agradeceu aos fãs pelas redes sociais. “Muito obrigado meu Deus. Agradeço aos meus fãs por toda força e digo que se não fosse vocês eu não seria nada”, escreveu.
Em agosto, o STF (Superior Tribunal Federal) já tinha negado um primeiro pedido por quatro votos a um. Renan é acusado de ser “olheiro” do tráfico de drogas e organizar o Baile da Gaiola para ajudar os criminosos no Complexo da Penha.
Por que Rennan da Penha e o Baile da Gaiola causam tanta polêmica?
Rennan foi condenado no dia 18 de março, em segunda instância, a seis anos e oito meses de prisão por associação ao tráfico de drogas. O mandado de prisão foi expedido pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro).
Em entrevista à Record TV Rio, o advogado criminalista Patrick Berriel afirmou que não havia prova contundente contra o DJ.
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“O que tem contra ele são indícios. Indícios de fotografias de aplicativos de mensagens e redes sociais. Não há, por ora, nenhuma prova robusta, uma prova contundente, que possa levar ele ao processo condenatório.”
De acordo com o promotor do caso Sauvei Lai, Rennan comunicava aos traficantes sobre as incursões dos policiais na comunidade.
“O DJ Rennan dava a localização e a movimentação de policiais na comunidade. Acho estranho estas mensagens serem direcionadas à comunidade. A condenação dele é associação para fins de tráficos, na função de olheiro.”
Já segundo a defesa e familiares do artista, é comum nas comunidades do Rio avisarem em grupos de aplicativos de mensagens sobre a presença de policiais. Para eles, é um meio de se comunicarem sobre a possiblidade de tiroteios frequentes nas favelas.