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Avó de menino eletrocutado acusa BRT de negligência; Procon autua consórcio por falta de segurança

Funcionários sabiam que roleta estava dando choques, mas não interditaram equipamento

Rio de Janeiro|Do R7, com Balanço Geral RJ

Kaíque permanece internado em estado grave
Kaíque permanece internado em estado grave Kaíque permanece internado em estado grave

A avó materna de Kaíque Diego de Araújo Cardoso, de quatro anos, eletrocutado em uma roleta da estação Mercadão de Madureira, zona norte do Rio, na última quarta-feira (27), acusa o Consórcio BRT de negligência. De acordo com Maria do Socorro Araújo, o neto recebeu a descarga elétrica por volta das 17h, mas um funcionário afirmou que a roleta estava dando choques desde o período da manhã. Segundo ela, os funcionários alegaram não ter interditado a roleta por falta de ordem da chefia.

— Eles falaram, na delegacia, que só poderiam lacrar a roleta com ordem da chefia e que a chefia não tinha dado essa ordem. Precisou acontecer quase uma fatalidade para que eles lacrassem a roleta.

O Procon Estadual, ligado à Secretaria de Estado de Proteção e Defesa do Consumidor, autuou o consórcio operacional BRT sob a alegação de que as concessionárias são obrigadas a fornecer serviços adequados, eficientes e seguros, como está previsto no artigo 22 do CDC (Código de Defesa do Consumidor). O Consórcio BRT tem até 15 dias úteis para apresentar sua defesa. Se for condenado terá de pagar uma multa.

Kaíque Cardoso foi eletrocutado quando voltava para casa após acompanhar a avò paterna até um posto de saúde. A criança teve duas paradas cardíacas e chegou a esperar cinco horas para ser transferida do hospital Salgado Filho para o hospital Albert Schweitzer, em Realengo, que tem UTI pediátrica.

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Segundo a avó, que também recebeu a carga elétrica ao tentar salvar o neto, um funcionário da estação BRT presenciou a cena, mas não prestou qualquer tipo de ajuda.

— Ele ficou grudado e não saiu mais. Aí minha filha tentou puxar ele. O homem do BRT estava do nosso lado e nada fez. Em um primeiro momento, eu puxei, ganhei a carga elétrica e não consegui tirar. Eu tentei de novo e consegui tirar ele. Saí com ele correndo e aí encontrei com um policial.

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Kaíke permanece em coma induzido e em estado grave no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na zona oeste.

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