Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Belga teria dito a irmão que foi agredido por cônsul um mês antes de morrer, segundo amigo

Laudo necroscópico mostrou que Walter Maximillien Biot, de 52 anos, sofreu mais de 30 lesões na noite da morte, em Ipanema

Rio de Janeiro|Victor Tozo, do R7*, com Record TV Rio

Walter morreu com muitas lesões; Uwe está preso em Benfica
Walter morreu com muitas lesões; Uwe está preso em Benfica Walter morreu com muitas lesões; Uwe está preso em Benfica

A Polícia Civil ouviu, nesta segunda-feira (8), depoimentos de pessoas próximas ao cônsul alemão Uwe Herbert Hahn, preso por suspeita de matar o companheiro, o belga Walter Maximillien Biot, de 52 anos, no apartamento onde moravam, em Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, no último dia 5.

Entre as oitivas colhidas, está a de um amigo espanhol dos dois, que relatou que brigas entre eles estavam ocorrendo com maior frequência nos últimos tempos. Além disso, contou que Walter estava vendo os amigos menos vezes, o que levantou preocupação.

Segundo o depoimento, a testemunha mandou uma mensagem para o belga três dias antes da morte, perguntando como ele estava, e recebeu a resposta de que Walter estava deprimido por causa de Uwe.

O espanhol afirmou ter descoberto a morte do amigo através dos jornais e ter sido o responsável por relatar o fato ao irmão da vítima, que mora na Bélgica. Na ocasião, o irmão disse que Walter já havia relatado, no mês passado, que havia sido agredido pelo marido.

Publicidade

Uma secretária do diplomata também foi ouvida pelos agentes da 14ª DP (Leblon). Ela contou que recebeu, na madrugada do dia 6, uma mensagem de Uwe afirmando que o companheiro havia sofrido um infarto e morrido.

A funcionária relatou que esteve no apartamento, onde viu uma mancha de sangue na varanda. Ela afirmou que limpou o local para evitar que o cachorro da casa entrasse em contato com a substância.

Publicidade

No dia da morte, o cônsul disse à polícia que Walter, bêbado, havia tido um surto e caído na varanda do apartamento. No entanto, os investigadores descartaram a versão após o laudo necroscópico do IML (Instituto Médico-Legal) revelar que o belga sofreu mais de 30 lesões, algumas antigas, e morreu em decorrência de um traumatismo na região da nuca provocado por ação contundente.

Os peritos encontraram, no apartamento, manchas de sangue no sofá, que parecia ter sido lavado, assim como na sala, no quarto e no banheiro. Além disso, os móveis estavam desalinhados, o que poderia indicar luta corporal. 

Publicidade

Uwe está preso na cadeia pública de Benfica, na zona central do Rio. A defesa do diplomata pediu à Justiça um habeas corpus, que foi negado.

A morte de Walter é investigada pela 14ª DP (Leblon). Os agentes solicitaram à Justiça a quebra do sigilo dos celulares do casal e, nesta terça (9), devem ouvir uma vizinha dos estrangeiros.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Odair Braz Jr.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.