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Buscas pelo corpo de Amarildo em lixão na baixada entram no segundo dia

As buscas teve início na quinta-feira (8) e devem prosseguir durante o fim de semana

Rio de Janeiro|Do R7 com Agência Brasil

Amarildo está desaparecido desde 14 de julho
Amarildo está desaparecido desde 14 de julho

Equipes da Divisão de Homicídios e do Ministério Público do Estado do Rio continuan, nesta sexta-feira (9), as buscas no Aterro Sanitário de Seropédica, na Baixada Fluminense, para encontrar o corpo de Amarildo Dias de Souza. O ajudante de pedreiro está desaparecido desde o dia 14 de julho, após ser levado por policiais militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha para averiguação. As buscas começaram na quinta-feira (8) e devem prosseguir até o fim da semana.

A ação da polícia é para determinar se o corpo de Amarildo foi levado em um caminhão de lixo da Companhia de Limpeza Urbana para o aterro, que recebe todo lixo produzido na cidade. De acordo com os investigadores, o corpo pode ser localizado no aterro porque um policial lotado na UPP da Rocinha recebeu a informação de um tio que trabalha na coleta de lixo.

Segundo o promotor Décio Alonso, da Justiça Militar estadual, o tamanho da área onde está o aterro sanitário atrapalha as buscas.

— Esse tipo de busca é extremamente complicada por se tratar de uma área muito extensa. E, como faz mais de 20 dias desde o desaparecimento do Amarildo, o trabalho deve ser realizado com muito cuidado. Estamos acompanhando e auxiliando o trabalho dos agentes policias para identificarmos possíveis resíduos orgânicos.


Na quinta-feira, o delegado Ruchester Marreiros, que acompanhou o início das investigações sobre Amarildo, apresentou relatório no qual indica o envolvimento do pedreio com o tráfico de drogas. Além do depoimento de moradores e policiais, o relatório se sustenta em dois vídeos.

Nas imagens, duas testemunhas, que não se identificaram, revelam relação entre o casal e traficantes da Rocinha. A casa da família seria alugada para que os criminosos realizassem sessões de tortura. O material coletado por Ruchester, que era delegado adjunto da Delegacia da Gávea (15ª DP) — responsável pelo caso —, veio à tona após ele ser transferido para a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática.


Uma das testemunhas que gravaram depoimento aparece com as duas mãos enfaixadas e diz ter sido torturada na casa onde Amarildo vivia com a família.

— Eles me botaram sentado na escada da porta da Bete. Ela é conhecida minha. Aí ela comentou: “você vai tomar um coro, né?”. Eu falei: “pô, acho que vou”. Então você vai ser o nono [disse ela]. Quebraram minhas duas mãos e me queimaram todo, no peito, na barriga, tudo.

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