O Ministério Público do Rio de Janeiro convocou nove policiais militares para prestarem depoimentos sobre o desaparecimento de Amarildo Dias. O ajudante de pedreiro sumiu no dia 14 de julho, após ser levado para averiguação por policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, na zona sul do Rio.
Os delegados Ruchester Marreiros, que iniciou as investigações, e Orlando Zaccone, da Delegacia da Gávea (15ª DP), também devem prestar depoimentos.
O MP já tem os relatórios da Operação Paz Armada, que apurou o tráfico na comunidade. A juíza Daniela Alvarez Prado, da 35ª Vara Criminal, aceitou a denúncia contra 16 acusados de envolvimento com o crime na Rocinha.
A juíza pede à promotoria justificativas para arquivar os 27 indiciamentos na primeira fase de investigações. Ela também alegou que o Ministério Público foi omisso e não nega a possibilidade de enviar o caso ao procurador geral de Justiça.
No relatório final das investigações, Orlando Zaccone, titular da delegacia da Gávea, fez críticas a Ruchester Marreiros, que foi delegado ajunto no início das investigações. De acordo com relatório feito por Marreiros, Elizabete Gomes da Silva e Amarildo seriam colaboradores do tráfico de drogas. As acusações foram descartadas e criticadas por Zaccone.
O delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios, diz que espera a decisão da Justiça para avaliar as provas que possam conduzir o desaparecimento de Amarildo pelo tráfico de drogas.
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