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Caso Jandira: oitava suspeita pela morte de grávida se entrega à polícia

Agda Ferreira se apresentou nesta segunda-feira; polícia ainda procura Keyla Leal

Rio de Janeiro|Do R7

Segundo a polícia, Agda Ferreira era faxineira na clínica de aborto onde Jandira morreu e sabia dos crimes cometidos ali
Segundo a polícia, Agda Ferreira era faxineira na clínica de aborto onde Jandira morreu e sabia dos crimes cometidos ali

Agda Ferreira, suspeita de atuar como faxineira na clínica de aborto onde morreu a jovem Jandira Magdalena, em agosto deste ano, se entregou à polícia na tarde desta segunda-feira (13). Ela foi a oitava presa por suposto envolvimento no crime. A equipe do delegado Helio Alonso, da Delegacia de Campo Grande (35ª DP), ainda procura Keyla Leal, que, segundo as investigações, atuava como auxiliar de enfermagem.

O delegado Alonso informou ao R7 que Agda deve responder pelos mesmos crimes dos demais suspeitos: aborto, homicídio qualificado e formação de quadrilha. Ela só não deve ser indiciada por ocultação de cadáver, como acontecerá com os outros oito investigados.

Ainda de acordo com Alonso, a pena de Agda, caso condenada, tende a ser menor do que a dos outros. As investigações apontam que ela trabalhava há anos com faxina nas clínicas clandestinas organizadas por Rosemere Aparecida Ferreira e sabia dos crimes cometidos.

O próximo passo da polícia é tentar descobrir quem mutilou e tirou a arcada dentária do corpo de Jandira antes de incendiá-lo. Para isso, o delegado Alonso vai até o Complexo Penitenciário de Gericinó na próxima quinta-feira (14), onde estão os presos no caso, para colher novos depoimentos.


Na sexta-feira passada (10), o caseiro Jorge dos Santos confessou à polícia que, após a morte da vítima, o corpo dela foi colocado no porta-malas de um carro e transportado da clínica de abortos, em Campo Grande, na zona oeste, até um sítio no morro Rio da Prata, também na zona oeste. Lá, a quadrilha planejou o que faria com o cadáver.

Depois, o caseiro Jorge dos Santos, acompanhado por outros integrantes do bando, teria sido o responsável por levar o automóvel com Jandira do sítio até Guaratiba, onde foi provocado um incêndio no veículo. A ordem para a destruição teria partido de Marcelo Eduardo Medeiros, que também já está preso. O corpo de Jandira foi encontrado no dia 27 de setembro, mas, devido ao avançado estado de decomposição, só foi identificado e enterrado um mês depois.

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