Morte em clínica de aborto: corpo de Jandira será enterrado domingo no Rio
Corpo foi achado carbonizado dentro de carro e identificado por meio de exame de DNA
Rio de Janeiro|Do R7
Foi marcado para as 14h de domingo (28), no cemitério de Ricardo de Albuquerque, zona norte do Rio, o enterro de de Jandira Cruz, encontrada morta após passar por uma clínica de aborto em Campo Grande, zona oeste. A informação foi confirmada pelo ex-marido de Jandira, Leandro Reis.
Na madrugada de quinta-feira (25), o plantão do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) autorizou o sepultamento. Segundo a irmã da vítima, Joyce dos Santos, a família espera a chegada de parentes que moram em Sergipe.
O corpo de Jandira, encontrado carbonizado dentro de um carro em Guaratiba, na zona oeste, foi identificado por meio de um exame de DNA divulgado na terça-feira (23). Ela estava desaparecida desde o dia 26 de agosto, após procurar uma clínica para fazer um aborto. Na última sexta-feira (19), a Polícia Civil localizou uma testemunha que estava no mesmo carro que levou Jandira à clínica. Ela reconheceu as quatro pessoas que estão presas suspeitas de envolvimento no crime. O médico que teria sido responsável pela tentativa de aborto está foragido.
Na semana passada, a motorista do carro que transportou Jandira até a clínica se entregou a polícia. Vanusa Vais Baldacine estava foragida quando policiais conseguiram um mandado de busca e apreensão e foram até a casa da mulher, onde encontraram uma arma de uso restrito das Forças Armadas.
"Sinto alívio e revolta", diz mãe de Jandira
“Uma mistura de alívio e revolta”. Foi o que a mãe de Jandira Magdalena dos Santos Cruz, Maria Ângela dos Santos, declarou sentir, em entrevista ao R7, na manhã de quarta-feira (24), um dia após saber que o corpo encontrado dentro de um carro em Guaratiba era o de sua filha de 27 anos.
Segundo Maria Ângela, a descoberta do corpo de Jandira minimiza a ansiedade por saber o paradeiro da filha, mas não diminui a revolta que sente pelos responsáveis do assassinato.
— Eles não tiveram o mínimo de humanidade. Mataram a minha filha e o meu neto. E nem tiveram a dignidade de entregar o corpo, preferiram esquartejar e queimar.