Delegado prevê 30 anos de prisão para jovem que ajudou namorada adolescente a matar mãe sufocada
Menina de 17 anos cumprirá, no máximo, três anos de medidas sócio educativas
Rio de Janeiro|Do R7
O delegado Antônio Ricardo, titular da Delegacia da Taquara (32ª DP), prevê que Daniel Duarte Peixoto, de 20 anos, deva pegar pena de 20 a 30 anos por homicídio triplamente qualificado, com ocultação de cadáver. Ele confessou que ajudou a namorada adolescente a matar a mãe dela sufocada com um saco plástico em Cachambi, na zona norte do Rio de Janeiro.
A menina de 17 anos deverá cumprir três anos de medidas sócio educativas, conforme informou o delegado. O crime foi cometido em 25 de maio e, desde então, o casal prestou quatro depoimentos, até confessar o assassinato.
Havia um seguro de vida de R$ 15 mil em nome da filha. Quando confessaram o homicídio, os dois disseram que a mulher não aprovava o relacionamento entre eles, que havia começado há quatro meses.
Farsa desmascarada
Os namorados procuraram a polícia pouco depois da morte de Adriana Moura de Rocha, de 43 anos, para prestar queixa do desaparecimento da mulher. A adolescente e o jovem tentaram apontar uma vizinha como principal suspeita pelo sumiço.
No entanto, os investigadores conseguiram desmentir os depoimentos quando analisaram câmeras de monitoramento de trânsito da prefeitura. O trajeto do carro dirigido por Daniel não era compatível com o que ele havia descrito.
O casal confessou como ocorreu o crime. A menina contou que, enquanto a mãe dormia, aplicou um mata-leão, golpe usado para estrangulamento. A vítima demorou a morrer e, então, o namorado da filha chegou no quarto para finalizar o crime com um saco plástico.
Eles colocaram o corpo no automóvel do rapaz, compraram álcool e levaram até um terreno em Duque de Caxias, onde colocaram fogo.
Frieza
A polícia confirmou a autoria do assassinato ao pedir a quebra do sigilo telefônico do casal. O corpo foi localizado já em avançado estágio de decomposição. O delegado Antônio Ricardo disse que ficou abismado ao ver a reação da menina diante da foto com os restos mortais da mãe.
— É estarrecedor. Ela é fria, calculista, e nem quando ela viu a foto do corpo da mãe em adiantado estado de decomposição esboçou reação.