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Meninos estão desaparecidos há 4 meses em Belford Roxo
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MP-RJ divulgou imagens que podem ser últimos momentos de vida dos três
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Polícia Civil diz que já fez mais de 80 diligências, sem sucesso nas investigações
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Hipótese indica assassinato de Lucas, Alexandre e Fernando por traficantes
Lucas, Alexandre e Fernando sumiram há 4 meses
Reprodução/Record TV RioO desaparecimento de Lucas Matheus, de 8 anos, Alexandre da Silva, de 10, e Fernando Henrique, 11, completa quatro meses nesta terça-feira (27). Após saírem para brincar em um campo de futebol perto de onde moram, na comunidade Castelar, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, os meninos não voltaram para casa.
Desde então, a DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense), com apoio do MP-RJ, continua investigando o caso.
Ao longo desses quatro meses, a DHBF informa que fez mais de 80 diligências, além de buscas em vários locais, coleta de depoimentos, denúncias e imagens de câmeras de segurança. Segundo a 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada dos Núcleos Duque de Caxias e Nova Iguaçu, há novidade a ser divulgada e as investigações seguem em conjunto com a DHBF.
Desaparecimento
De acordo com a Polícia Civil, informações iniciais indicaram que as crianças foram até a Feira de Areia Branca, bairro vizinho, na tarde do último domingo de dezembro. A distância até o local seria de aproximadamente 2,7 km, mas as possibilidades de percurso são diversas.
Naquele dia 27, as buscas foram iniciadas por familiares, às 19h. Segundo a mãe de Fernando, Tatiana da Conceição, os três costumavam ficar próximo de casa. Na delegacia, um boletim de ocorrência foi feito por volta das 21h.
No dia seguinte, em 28 de dezembro de 2020, os pais das crianças foram ouvidas na delegacia. As famílias dos meninos fizeram buscas em Belford Roxo e municípios próximos. Além disso, elas realizaram protestos para chamar a atenção das autoridades.
Desde o início, os familiares e a polícia receberam informações falsas sobre o paradeiro das crianças, por telefone e pelas redes sociais, o que vinha prejudicando a investigação.
Em janeiro
No dia 6 de janeiro, a avó e o tio dos primos Lucas e Alexandre sofreram um acidente na rodovia Presidente Dutra, na altura de Duque de Caxias, também na Baixada. Os dois iam em direção à Nova Iguaçu, já que teriam recebido a informações de que os meninos estariam perto de uma sorveteria no bairro Jardim Tropical. Na ocasião, eles tiveram ferimentos leves e foram liberados após serem atendidos no Pam (Posto de Assistência Médica) de Meriti, em Vilar dos Teles.
Dois dias depois, A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) recebeu as famílias dos três desaparecidos. Durante o encontro, os familiares receberam apoio jurídico e informações sobre o andamento das investigações. Em nota, o presidente do órgão afirmou, na época, que a equipe da Comissão de Direitos Humanos estava empenhada em assistir totalmente as famílias e ajudar na solução do caso.
Em fevereiro
Agentes realizaram buscas com cães farefadores do Corpo de Bombeiros da região.
Um vizinho dos meninos que chegou a ser torturado pelo tráfico local, sendo apontado como responsável pela morte dos três. Entregue na delegacia, o suspeito chegou a ser detido e prestou depoimento, porém os indícios de envolvimento no crime foram descartados.
Uma camisa ensaguentada encontrada na casa deste homem foi submetida à perícia. Com a coleta do DNA das mães das três crianças, comprovou-se que o sangue não pertencia ao trio. O material, na verdade, era da companheira do morador, acusado de ser responsável pelo sumiço.
Câmeras de Segurança
O Ministério Público do Rio de Janeiro encontrou, no dia 10 de março, imagens que mostram os três andando por uma rua de uma bairro vizinhos à comunidade Castelar no dia do desaparecimento. Segundo as investigações, os meninos podem ter sido capturados momentos depois da gravação.
Em abril
Completados 100 dias do desaparecimento, a Polícia Civil montou uma força-tarefa, com o apoio da Subsecretaria de Inteligência e da Delegacia de Descoberta de Paradeiros. Os agentes montaram uma operação nas comunidades Castelar, Roseiral e Dimas Filho foi realizada para tentar achar o corpo das vítimas ou os autores do crime.
Há suspeitas de que os garotos teriam sido assassinados a mando de traficantes da comunidade, por terem descumprido uma ordem dada pelos criminosos. Entretanto, não há nada de concreto que comprove esta hipótese.
A Polícia Civil reforça que, quem souber de alguma informação concreta sobre o paradeiro dos meninos, entre em contato pelo telefone da DFBF (21) 98596-7442, ou por meio do Disque-denúncia: 2253-1177.
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa