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"Ele era tido como solteiro pela sociedade carioca", diz jornalista amiga do embaixador

Relação de Kyriakos Amiridis com a brasileira Françoise Amaridis não era muito conhecida 

Rio de Janeiro|

"Era um homem fiel a Françoise", escreveu em seu blog a jornalista Hildegard Angel
"Era um homem fiel a Françoise", escreveu em seu blog a jornalista Hildegard Angel "Era um homem fiel a Françoise", escreveu em seu blog a jornalista Hildegard Angel

A natureza da relação do embaixador Kyriakos Amiridis com a esposa, a brasileira Françoise Amaridis, não era muito conhecida pela comunidade grega brasiliense. Apesar de ela ter ajudado na organização da Feira das Embaixadas, tradicional evento anual da cidade, não se fazia presente na maioria dos principais momentos solenes do marido. Na missa dominical que ele costumava frequentar, ela não o acompanhava.

O embaixador, 59 anos, era casado com Françoise havia 15 — e com ela tinha uma filha de 10 anos. Conheceram-se quando ele chegou ao Brasil para assumir o cargo de cônsul-geral da Grécia no Rio de Janeiro, onde permaneceu até 2004.

O corpo do embaixador grego foi encontrado num carro carbonizado e abandonado no Arco Metropolitano, anel viário da Região Metropolitana do Rio, na entrada de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Segundo a Polícia Civil, a motivação do crime teria sido passional.

"Ele era tido como solteiro por toda sociedade carioca. (...) Foi o bachelor oficial dos jantares elegantes, (...) escoltando senhoras e jovens senhoras desacompanhadas. Muitas tentaram namorá-lo, porém sem sucesso. (...) Elegantemente, Kyriakos não dava esperanças a elas. Era um homem fiel a Françoise", escreveu em seu blog a jornalista Hildegard Angel, "amiga de muitos anos" do embaixador.

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Às vésperas de ser transferido do Rio de Janeiro para a Holanda, em 2004, o casal Amaridis teve sua casa invadida por um assaltante que, ao ser preso, admitiu ter matado os norte-americanos Todd e Michelle Staheli (ele, diretor de Gás e Energia da Shell), que moravam no mesmo condomínio do grego, na Barra da Tijuca. O caso, à época, comoveu o País.

Hildegard, filha da estilista Zuzu Angel, compartilhou um e-mail que recebeu de Kyriokos em 8 de janeiro, pouco antes de ele assumir como embaixador da Grécia no Brasil. Na mensagem, ele diz que retornar ao País seria uma "satisfação" e uma "alegria", já que o Brasil lhe proporcionou "lindas memórias" e "fortes amizades". A jornalista relata que, ao conhecer Françoise, percebeu que ela era simpática, mas "não tinha o traquejo e a postura usuais em mulheres de diplomatas ou habituadas ao convívio social".

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Kyriakos nasceu na cidade grega de Véria, na Macedônia, em 1957. Graduou-se em Direito no mesmo país e se especializou em Direito Penal Internacional em Paris. Sua carreira diplomática iniciou em 1985, em Atenas, quando começou a trabalhar para o Ministério de Relações Exteriores.

Sua primeira posição internacional veio três anos depois, quando foi deslocado para Belgrado, na Sérvia. Passou ainda por Bruxelas e pela Líbia. No Brasil, tomou posse como embaixador em janeiro, quando a presidente ainda era Dilma Rousseff, e recebeu a credencial oficial do Palácio do Planalto em maio, de Temer, à época interino. A conversa entre ambos foi "protocolar" e durou cerca de 3 minutos.

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