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Em depoimento à polícia, Caio diz que o outro suspeito acendeu o rojão

Em depoimento, Caio disse que achava que o artefato fosse um sinalizador

Rio de Janeiro|Do R7

Caio disse à polícia que acreditava que artefato era sinalizador
Caio disse à polícia que acreditava que artefato era sinalizador

Caio Silva de Souza, preso na madrugada de quarta (12) por suspeita de envolvimento na morte do cinegrafista Santiago Andrade, disse em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro ter sido incentivado pelo manifestante Fábio Raposo, também indiciado pelo homicídio, a acender o rojão. Entretanto, de acordo com Caio, foi Raposo quem acendeu o rojão, enquanto ele segurava.

Já o manifestante Raposo disse à polícia ter somente repassado o rojão para Caio. Segundo a versão de Raposo, Caio acendeu o artefato.

Segundo o delegado da 17ª DP (São Cristóvão), Maurício Luciano, a polícia teve acesso a imagens que mostram que Fábio passou o artefato para Caio, que o colocou no chão. O delegado disse, contudo, que não é possível identificar com certeza quem o acendeu.

Segundo o delegado da 17ª DP (São Cristóvão), Maurício Luciano, Caio também negou ter conhecimento de que o artefato explosivo se tratava de um rojão. Ele disse à polícia acreditar que fosse um sinalizador e que, por isso, não sabia do poder explosivo do artefato.


— Ele dizer que é sinalizador, que foi o outro que acendeu e que não sabia o poder de destruição, isso tudo ele está se defendendo.

Para Maurício Luciano, as contradições nos depoimentos dos suspeitos e as declarações de Caio não mudam o indiciamento de ambos: homicídio doloso (dolo eventual) qualificado e crime de explosão. O inquérito deve ser concluído na sexta-feira (14) para encaminhamento ao Ministério Público.


Um colega de trabalho de Caio prestou depoimento nesta quinta (13) na 17ª DP. O funcionário do Hospital Estadual Rocha Faria, na zona oeste do Rio, que não teve a identidade revelada pela polícia, disse ter ouvido do suspeito a confissão do ato, segundo relatou o delegado.

Após cometer esse ato, ele [Caio] ligou para esse colega e disse que tinha feito uma besteira, tinha matado uma pessoa.


O manifestante trabalhava na unidade de saúde como auxiliar de serviços gerais para uma empresa terceirizada.

Sobre fotos que circulam nas redes sociais comparando as imagens de Souza na manifestação e do suspeito de acender o artefato, o delegado disse se recusar a comentar o que chamou de "lendas da internet”. De acordo com Luciano, as imagens obtidas pela polícia e o depoimento do colega de trabalho de Souza são "provas abudantes" de que Caio está envolvido na morte do cinegrafista.

Cremação

O corpo de Santiago Andrade foi cremado nesta quinta (13). A viúva do cinegrafista, Arlita Andrade, disse ter "muita pena" dos dois suspeitos de terem acendido o rojão que matou Andrade. A declaração foi feita durante o velório do profissional da TV Bandeirantes.

— Tenho muita pena desses dois rapazes. Queria pedir a todo mundo: por favor, sejam mais amigos, sejam mais tranquilos, tenham amor um pelo outro.

A cerimônia foi celebrada por dom Orani Tempesta e contou com a presença de amigos e diversos profissionais da imprensa.

Assista à reportagem:

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