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Suspeito de acender rojão disse a colega ter matado uma pessoa

Funcionário de hospital prestou depoimento à polícia nesta quinta-feira (13)

Rio de Janeiro|Do R7

Santiago foi atingido por rojão na cabeça
Santiago foi atingido por rojão na cabeça

Um colega de trabalho de Caio Silva de Souza prestou depoimento nesta quinta (13) na 17ª DP (São Cristóvão), que investiga a morte do cinegrafista Santiago Andrade. O funcionário do Hospital Estadual Rocha Faria, na zona oeste do Rio, que não teve a identidade revelada pela polícia, disse ter ouvido do suspeito de acender o rojão que matou o cinegrafista a confissão do ato.

— Após cometer esse ato, ele [Caio] ligou para esse colega e disse que tinha feito uma besteira, tinha matado uma pessoa.

O manifestante trabalhava na unidade de saúde como auxiliar de serviços gerais para uma empresa terceirizada. 

Sobre fotos que circulam nas redes sociais comparando as imagens de Souza na manifestação e do suspeito de acender o artefato, o delegado disse se recusar a comentar o que chamou de "lendas da internet”. De acordo com Luciano, as imagens obtidas pela polícia e o depoimento do colega de trabalho de Souza são "provas abudantes" de que Caio está envolvido na morte do cinegrafista.


Caio disse em depoimento ter sido incentivado pelo manifestante Fábio Raposo, também indiciado pelo homicídio, a acender o rojão. Entretanto, de acordo com Caio, foi Raposo quem acendeu o rojão, enquanto ele segurava.

Já o manifestante Raposo disse à polícia ter somente repassado o rojão para Caio. Segundo a versão de Raposo, Caio acendeu o artefato. Segundo o delegado da 17ª DP (São Cristóvão), Maurício Luciano, a polícia teve acesso a imagens que mostram que Fábio passou o artefato para Caio, que o colocou no chão. O delegado disse, contudo, que não é possível identificar com certeza quem o acendeu.


De acordo com Maurício Luciano, Caio também negou ter conhecimento de que o artefato explosivo se tratava de um rojão. Ele disse à polícia acreditar que fosse um sinalizador e que, por isso, não sabia do poder explosivo do artefato.

— Ele dizer que é sinalizador, que foi o outro que acendeu e que não sabia o poder de destruição, isso tudo ele está se defendendo.


Para Maurício Luciano, as contradições nos depoimentos dos suspeitos e as declarações de Caio não mudam o indiciamento de ambos: homicídio doloso (dolo eventual) qualificado e crime de explosão. O inquérito deve ser concluído na sexta-feira (14) para encaminhamento ao Ministério Público.

Veja o vídeo:

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