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Empresa de venda de ingressos da Copa vai a delegacia no Rio

Dois representantes da Match foram atestar se os 130 ingressos apreendidos são verdadeiros

Rio de Janeiro|Do R7

130 ingressos foram apreendidos pela polícia no Rio; 11 suspeitos foram presos
130 ingressos foram apreendidos pela polícia no Rio; 11 suspeitos foram presos

Dois representantes da Match, única empresa autorizada pela Fifa para a venda de pacotes de ingressos e camarotes da Copa do Mundo, estiveram na manhã desta sexta na Deleacia da Praça da Bandeira (18ª DP), no Rio de Janeiro, que investiga o grandioso esquema de venda ilegais de entradas do Mundial. Os dois, um indiano e uma advogada brasileira, fotografaram um por um os cerca de 130 ingressos (muitos de camarote) apreendidos pela polícia civil do Rio na Operação Jules Rimet, que prendeu 11 pessoas na terça-feira, como o franco-argelino Lamine Fofana, que tinha trânsito livre pela Fifa e era fluente entre jogadores e ex-jogadores.

Os dois representantes da Match chegaram à delegacia por volta de 10h. Por volta das 11h15, deixaram a 18ª DP sem falar com a imprensa. Perguntados se estariam lá para averiguar os ingressos, o homem trajando terno, que seria indiano, segundo a polícia, somente confirmou.

— Sim, estamos aqui averiguando os tíquetes—, se limitou a dizer, em inglês, antes de entrar apressado no táxi.

Segundo um inspetor responsável pela investigação, os representantes da Match informaram aos policiais que vão averiguar a autenticidade das entradas e também rastreá-las, para descobrir quem seriam os responsáveis por repassá-las à quadrilha.


Nesta quinta a polícia informou que a Match também está sendo investigada e, além do integrante da Fifa que seria o líder do milionário esquema criminoso, há também alguém da empresa responsável pela venda dos ingressos e camarotes. A Match é ligada ao sobrinho do presidente da Fifa, Phillip Blatter.

O delegado responsável pela investigação, Fábio Barucke, havia convocado entrevista coletiva para as 11h desta sexta-feira, mas, às 11h30, informou que não poderia comparecer porque, em menos de 24h, foi convocado pela segunda vez para uma reunião no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio. Ainda não se sabe o motivo da reunião. Os onze presos na operação, segundo a polícia, tiveram os pedidos de prisão temporária renovados pela Justiça.

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