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Estupro coletivo: áudios em celular de suspeito mostram ordem do tráfico para protesto contra vítima

Voz que seria de Raí de Souza diz que "mano mandou ir no protesto" contra a jovem

Rio de Janeiro|Do R7

Raí chegou acenando e sorrindo para a imprensa para depoimento
Raí chegou acenando e sorrindo para a imprensa para depoimento Raí chegou acenando e sorrindo para a imprensa para depoimento

Um áudio encontrado no celular de Raí de Souza, de 22 anos, preso por suspeita de envolvimento no estupro coletivo de uma jovem de 16 anos, mostram que o protesto feito por moradores do morro da Barão contra a vítima foi uma ordem dos traficantes da comunidade. No áudio, uma voz, que seria a do rapaz, diz que o "mano mandou ir no protesto" e que "se não for, é com eles mesmo". A polícia acredita que a ordem teria partido do traficante Da Russa, que está foragido e também é suspeito de envolvimento com o crime. 

No mesmo aparelho, a polícia encontrou um áudio de uma mulher pedindo para que o comércio não fechasse durante o protesto. Ela também diz que o áudio que repassa a ordem é mesmo de Raí. "Gente, se vocês que são moradores aí, fala [sic] aí com os comerciantes para não fechar nada [sic], que o negócio é pacífico e tal. Como o Raí falou: foi o chefe que mandou, então, geral [tem que] descer e participar.

Em vídeo gravado na Cidade da Polícia, Raí tenta culpar a vítima por estar "no local errado". 

— Ali é o lugar dos traficantes, não era lugar dela. Errada era ela de estar ali, Deus me livre.

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Assista:

Quatro homens

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A Polícia Civil concluiu em laudo divulgado nesta terça (7) que quatro homens, e não três, participaram da gravação do vídeo divulgado nas redes sociais do estupro. A polícia suspeita que sejam Raí, Raphael Belo, de 41 anos, e os traficantes Jefinho e Moisés Lucena, conhecido como Canário, reconhecido pela jovem como o homem que a segurou durante o estupro. A delegada Cristiana Bento também diz que mais de uma pessoa filmou a jovem desacordada.

— O laudo confirma a presença de quatro pessoas no local, muito embora se visualize só três. E confirma também que a filmagem foi trocada de mão [duas pessoas filmaram].

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Após a perícia do primeiro vídeo encontrado, um chinelo pode ligar definitivamente Raí ao crime. Peritos estão analisando o formato do pé dele e do que aparece na cena, assim como detalhes do calçado, que foi o mesmo que ele se usou ao se apresentar à DCAV (Delegacia da Criança e Adolescente Vítima). A bermuda que ele se apresentou (foto) também apareceria em um dos vídeos. A Polícia Civil investiga se Raí estaria mentindo quando se eximiu da responsabilidade pelo crime. A titular da DCAV diz que a perícia confirmou suspeitas da polícia.

— A gente já verificou que o chinelo que aparece no vídeo é o mesmo que ele compareceu à delegacia, e a perícia só confirmou.

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