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Estupro coletivo: chinelo liga suspeito ao crime e polícia identifica mais um homem na gravação

Raí se apresentou à delegacia com mesmo chinelo que aparece em imagens periciadas

Rio de Janeiro|Do R7, com Agência Estado

Raí se apresentou à DCAV com bermuda e chinelo que aparecem em vídeo de estupro coletivo
Raí se apresentou à DCAV com bermuda e chinelo que aparecem em vídeo de estupro coletivo Raí se apresentou à DCAV com bermuda e chinelo que aparecem em vídeo de estupro coletivo

A Polícia Civil concluiu em laudo divulgado nesta terça (7) que quatro homens, e não três, participaram da gravação do vídeo divulgado nas redes sociais do estupro coletivo contra uma adolescente de 16 anos na zona oeste do Rio. A polícia suspeita que sejam Raí de Souza, de 22 anos, Raphael Belo, de 41 anos, e os traficantes Jefinho e Moisés Lucena, conhecido como Canário, reconhecido pela jovem como o homem que a segurou durante o estupro. A delegada Cristiana Bento também diz que mais de uma pessoa filmou a jovem desacordada.

— O laudo confirma a presença de quatro pessoas no local, muito embora se visualize só três. E confirma também que a filmagem foi trocada de mão [duas pessoas filmaram].

Após a perícia do primeiro vídeo encontrado, um chinelo pode ligar definitivamente Raí ao crime. Peritos estão analisando o formato do pé dele e do que aparece na cena, assim como detalhes do calçado, que foi o mesmo que ele se usou ao se apresentar à DCAV (Delegacia da Criança e Adolescente Vítima). A bermuda que ele se apresentou (foto) também apareceria em um dos vídeos. A Polícia Civil investiga se Raí estaria mentindo quando se eximiu da responsabilidade pelo crime. A titular da DCAV diz que a perícia confirmou suspeitas da polícia.

— A gente já verificou que o chinelo que aparece no vídeo é o mesmo que ele compareceu à delegacia, e a perícia só confirmou.

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Além do crime de estupro de menor de idade, que pode resultar em pena de até 12 anos de prisão, será incluído na denúncia do Ministério Público o de produção e divulgação de imagem pornográfica envolvendo adolescente, cuja pena é de até oito anos. A apologia ao estupro verificada em dezenas de vídeos e áudios depreciativos que se espalham pelo YouTube e as redes sociais ainda não está sendo investigada.

Testemunha

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A menina que saiu do baile funk acompanhada da vítima de estupro coletivo, de Raí e de Lucas Perdomo depôs nesta segunda (6) na DCAV. Ela afirma que após sair da casa onde os quatro jovens foram após a festa, no dia 21 de maio, não soube mais da menina.

— Falei com ela "vou embora", aí ela disse "tá bom, vou ficar". Aí eu fui embora e ela quis ficar. Não sei dizer porquê, sei que ela ficou e eu fui embora. Chamei o Petão [Lucas] e fomos os três embora da casa. Saímos eu, Lucas e Raí, e ela ficou. A partir dali [que eu fui embora] não sei mais.

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Novas provas

A Polícia Civil concluiu que a vítima ficou cerca de 30 horas em poder de seus estupradores. Este intervalo foi revelado pela Polícia com base na análise de um novo vídeo do celular de Raí de Souza, preso da última segunda por ter participado do crime. As duas oportunidades em que a vítima foi violentada teriam sido, portanto, em dias diferentes.

No primeiro dos vídeos, a garota claramente é abusada e tenta reagir.

— Já está provado o crime de estupro. O desafio da polícia é provar a extensão desse crime.

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