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Estupro no Quinta D'or: delegado vai pedir pela segunda vez prisão preventiva de suspeito

Imagens de câmeras da unidade mostram o homem entrando ao menos 20 vezes no leito

Rio de Janeiro|Do Bruno Rousso, do R7

Anteriormente, o Ministério Público havia pedido mais provas
Anteriormente, o Ministério Público havia pedido mais provas

O delegado Maurício Luciano de Almeida, titular da Delegacia de São Cristóvão (17ª DP), vai pedir pela segunda vez a prisão preventiva do técnico de enfermagem suspeito de estuprar uma paciente internada no hospital Quinta D’or, na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio de Janeiro. Imagens do circuito de câmeras da unidade mostram o homem entrando ao menos 20 vezes no leito, sempre com cortina fechada e luz apagada.

A vítima, que tem 36 anos, passou por uma cirurgia no fígado no dia 9 de maio. De acordo com ela, os abusos sexuais começaram no dia seguinte. A polícia indiciou o técnico por duas vezes por estupro de vulnerável e já havia pedido a prisão assim que ouviu a mulher, no mês passado. O Ministério Público, porém, pediu mais provas. O delegado contesta.

— Em alguns casos, desde que o depoimento da vítima seja harmônico, coerente e seguro, pode ser a única prova. E foi o que aconteceu.

O que mais chamou a atenção da polícia foi o fato de que a vítima não estava sob os cuidados do suspeito. Mesmo assim, o homem foi visto por diversas vezes rondando o leito da vítima. Em uma ocasião, ele ajudou a dar banho na mulher e, quebrando o protocolo do hospital, induziu a parceira que o ajudava no procedimento a deixar o local. Sozinho, ele acariciou a paciente por diversas vezes. Mesmo sob efeito de medicamentos, ela percebeu o estupro.


A vítima, o suspeito e funcionários da unidade foram ouvidos na Delegacia de São Cristóvão. O homem negou as acusações e justificou as repetidas visitas ao leito alegando que o monitor do local apresentava "sucessivos problemas", o que não foi relatado no prontuário ou comunicado à enfermeira que chefiava o plantão.

Técnico demitido


A direção do Quinta D’or abriu sindicância para apurar o caso. O técnico foi demitido porque, segundo a unidade, quebrou protocolos. Ele deveria estar acompanhado por outro funcionário na hora do banho na paciente, o que não ocorreu.

O hospital confirmou que a mulher registrou denúncia formal à direção, afirmando que “foi tocada de maneira indevida”.

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