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Falta de tornozeleira eletrônica impede soltura de envolvidos na morte de Santiago Andrade

De acordo com a Seap, fornecimento da peça foi interrompido por atraso nos pagamentos

Rio de Janeiro|Do R7

Caio Silva de Souza e Fabio Raposo continuam na Penitenciária Bandeira Stampa e aguardam um novo parecer judicial
Caio Silva de Souza e Fabio Raposo continuam na Penitenciária Bandeira Stampa e aguardam um novo parecer judicial Caio Silva de Souza e Fabio Raposo continuam na Penitenciária Bandeira Stampa e aguardam um novo parecer judicial

A Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) informou, nesta quinta-feira (19), que já recebeu o alvará de soltura da dupla envolvida na morte do cinegrafista Santiago Andrade. Porém, Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza ainda não foram soltos devido à falta de tornozeleiras eletrônicas.

Ao decidir pela liberdade da dupla, a Justiça determinou o cumprimento seis medidas cautelares, entre elas, o monitoramento eletrônico.

No entanto, a Seap esclareceu que o fornecimento do equipamento foi interrompido, em 06 de dezembro de 2014, por atraso nos pagamentos em razão de falta de verba.

Em nota, a Seap afirmou que já comunicou o fato ao juiz que emitiu o alvará de soltura. Até as 15h, Fábio e Caio continuavam na Penitenciária Bandeira Stampa, no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio, e aguardavam um novo parecer judicial.

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Entenda o caso

Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza são acusados de ter acendido o rojão que provocou a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Ilídio de Andrade, no dia 6 de fevereiro do ano passado, durante uma manifestação no centro do Rio. Presos há um ano, os dois respondiam por homicídio triplamente qualificado — motivo torpe, com uso de explosivo e mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima.

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Na quarta-feira (18), a Justiça desclassificou a acusação de crime doloso, atendendo o recurso do defensor público Felipe Lima de Almeida, que representa um dos réus. A acusação de explosão seguida de morte foi mantida e, agora, Caio e Fabio vão poder aguardar o julgamento em liberdade.

Com a desclassificação, o processo sai da competência do 3º Tribunal do Júri e será redistribuído para uma das varas criminais comuns da capital. O promotor que receber o caso terá que oferecer uma nova denúncia. O MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) anunciou que vai recorrer da decisão.

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A Justiça também decidiu que os dois envolvidos na morte do cinegrafista, Fábio e Caio, terão que cumprir medidas cautelares. Entre elas, ficou determinado o comparecimento periódico ao juízo; proibição de acesso ou frequência a reuniões, manifestações, grupos constituídos ou não, bem como locais de aglomeração de pessoas de cunho político ou ideológico; proibição de manter contato com qualquer integrante do denominado "black blocs"; proibição de ausentar-se da comarca da capital; recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga, principalmente nos fins de semana e monitoramento eletrônico.

A filha de Santiago, Vanessa Andrade, se manifestou nas redes sociais após a decisão da Justiçade conceder liberdade aos ativistas. A jornalista escreveu um texto em tom de desabafo: "É difícil, é doloroso, depois de um ano sem Santiago a sensação de não poder fazer nada me corrói, me humilha". 

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