As famílias da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes e a porta-voz da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, lamentaram que as investigações sobre o caso estejam demorando para serem concluídas, em coletiva online realizada nesta sexta-feira (12).
No próximo domingo (14), o assassinato de Marielle e Anderson completa três anos e ainda não há informaçaões sobre o mandante do crime. A demora nas investigações incomoda os familiares.
"Foi uma barbárie o que fizeram com minha filha, uma mulher negra.", disse a mãe de Marielle, Marinete Silva.
Além disso, as trocas no comando das investigações do caso e a falta de respostas sobre uma reunião com o governador em exerício e o procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, foi motivo de questionamentos. Segundo as famílias e a Anistia, o cenário político também não foi favorável para o crime ser solucionado.
No entanto, para a mãe de Marielle, há esperanças no júri popular que vai julgar os dois acusados de atirarem contra o carro da vereadora. O policial militar reformado Ronnie Lessa, e o ex-policial Élcio Queiroz chegaram a apresentar recurso que foi negado pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro).
"Se eles forem condenados o máximo de tempo, talvez falem alguma coisa", disse Marinete.
Dossiê Marielle Franco
O Instituto Marielle Franco criou um dossiê em que conta o histórico do caso e apresenta 14 perguntas, ainda sem respostas, que rodeiam o caso. Além disso, o documento cobra ações das autoridades para que o crime seja solucionado.
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa