Jandira Magdalena dos Santos Cruz desapareceu no dia 26 de agosto após entrar em um carro com outras mulheres para ser levada a uma clínica de aborto, em Campo Grande, zona oeste do Rio. Antes disso, Jandira teve o apoio do ex-marido Leandro Brito Reis para decidir se levava adiante ou não sua terceira gravidez. O vendedor disse ao R7 que as últimas mensagens que recebeu da ex foram positivas e descartou qualquer hipótese de agressão física entre o casal no passado
Reportagem: Rodrigo Teixeira R7
Montagem R7
Reis enviou ao R7 parte da conversa (foto acima) em que Jandira afirmou que teria conseguido a quantia de R$ 4.500 para pagar o aborto
em uma clínica, em Campo Grande na zona oeste do Rio. Ela pediu que ex-marido a
acompanhasse durante o procedimento
Arquivo Pessoal
Em outra parte da mensagem (foto acima), Reis se declarou para Jandira
e ela disse que também amava o ex
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Apesar das juras de amor, a Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga duas queixas feitas por Jandira contra
o ex-marido. Segundo as investigações, a auxiliar administrativa
registrou duas ocorrências na delegacia contra o ex-marido: a primeira em 2008,
por ameaça, e a segunda em 2010, por agressão e ameaça
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Em conversa com o R7, Leandro não confirmou ou negou as
acusações de ameaça à Jandira. Mas deixou claro que a agrediu verbalmente.
—
Mas o que teve foi agressão verbal, eu nunca levantei a mão
para ela. A gente teve briga e desentendimento, a gente viveu junto, mas nos separamos,
éramos jovens demais...
O casal teve uma filha. A menina atualmente tem 8 anos e Leandro tenta preservar a criança das notícias que saem na imprensa sobre Jandira.
— Hoje a nossa filha
tem oito anos e mora com a minha sogra. Minha filha não tem noção dessa história, estamos evitando de ela ver TV e acessar as redes socais
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Mãe de dois filhos, Jandira estava grávida de uma terceira criança quando decidiu fazer um aborto. Ela está desaparecida há 18 dias. Assista à reportagem
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Maria Ângela dos Santos, mãe de Jandira, disse que ninguém tem o direito de julgar a decisão da filha de fazer um aborto. Afirmou ser contra tal prática, mas defendeu que o assunto seja debatido pela sociedade para que casos semelhantes ao de sua filha não voltem a ocorrer.
— Eu sabia que ela estava grávida. Parece que meu coração de mãe estava prevendo que algo de ruim iria acontecer com a minha filha. Sou cristã e contra o aborto. Mas essa questão tem que ser discutida. Tem uma vida na barriga e outra do lado de fora. Hoje as meninas fazem isso e morrem. Isso tem que ser discutido. O que não pode acontecer é mulher morrendo em clínica clandestina
Reprodução Rede Record
Reis aguarda as investigações da polícia. O vendedor ainda tem esperanças de que ela esteja viva.
— Eu não posso viver em um mundo de fantasia, mas eu prefiro acreditar que ela está em um lugar bom. A nossa relação sempre foi tranquila. Eu não sou só um ex-marido, eu sou o pai da filha dela
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Antes de fazer o aborto, Jandira afirmou que não conseguia
parar de pensar em Leandro (veja mensagem acima)
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Jandira mandava mensagens carinhosas a Reis.
— Sinto tua falta
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Leandro reclamou de ser deixado em segundo plano e Jandira
pediu para ver o ex.
—
Quero te ver muito!
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Jandira agradeceu a Reis o apoio que recebeu dele.
— O q vc está fazendo por mim é muito! (sic)
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro segue com as investigações para descobrir o que teria causado o desaparecimento de Jandira dos Santos. A polícia não descarta a hipótese de a mulher ter sido executada após passar mal em uma clínica clandestina
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Informações sobre Jandira podem ser encaminhadas ao Disque-Denúncia (0xx21) 2253-1177. O anonimato é garantido