Juliana dos Santos Andrade, de 23 anos, foi encontrada morta com marcas de tortura dentro de um sofá de motel em Bangu, na zona oeste do Rio. O ex-namorado José Ailton da Silva, de 36 anos, foi preso durante o velório e confessou o crime na delegacia. Antes de ser descoberto como o autor do crime, José Ailton se passou por Juliana no WhatsApp para despistar a polícia e a família da jovem
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Juliana estava com José Aílton há 6 meses. Mesmo com a diferença de idade, o marceneiro foi bem recebido na casa dos pais da técnica de metalurgia. No dia 31 de janeiro, após Juliana terminar o relacionamento, José Ailton fez um convite para que os dois lanchassem em um shopping próximo à casa da jovem
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Sempre muito vaidosa, Juliana saiu de casa apressada, sem maquiagem e sem arrumar os cabelos, como de costume. A mãe, Gracimar Santos de Andrade, estranhou a pressa com que a jovem saiu. Depois disso, a família nunca mais a viu
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Preocupados, os pais de Juliana questionaram José Ailton sobre o paradeiro da filha. Ele mentiu, e disse que deixou a menina em um ponto de ônibus por volta das 21h
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No dia seguinte às mensagens de Ailton, a família procurou a delegacia da região para informar o desaparecimento de Juliana
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Enquanto isso, José Ailton se passava por Juliana no WhatsApp. A uma amiga da jovem, ele contou que estava em poder de milicianos. A amiga informou que a família estava preocupada e pediu para que Juliana ligasse para a mãe. José Ailton, fingindo ser Juliana, disse que não poderia. Jorge Andrade, pai da jovem, afirma que ele fez a família acreditar na invenção. — Ele nos colocou numa situação de fazer acreditar que ela estava em poder de milicianos num lugar fechado
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No dia 1º de fevereiro, funcionários de um motel notaram um peso extra ao arrastar o sofá de um dos quartos na hora da limpeza. O corpo de Juliana estava escondido no local. Cerca de uma semana depois, a família da jovem foi chamada à Divisão de Homicídios da Capital para fazer o reconhecimento da jovem e do ex-namorado nas câmeras de vídeo
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Para prender José Ailton pelo crime, a DH e a família de Juliana trabalharam juntas. O pai da jovem conta que informou à polícia todas as mensagens recebidas por José Ailton, e foi orientado a convidá-lo para o velório
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No local, José Ailton foi preso por agentes da Divisão de Homicídios. Na delegacia, foi constatado que ele tinha passagem por roubo qualificado. O delegado titular da DH, Fábio Cardoso, concluiu que o ex-namorado de Juliana agiu com crueldade. Ele esperou a jovem dormir, no quarto do motel, para matá-la. Ele também é considerado um assassino frio: antes do enterro, quis fazer camisetas com a foto da vítima como forma de homenagem
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Os pais de Juliana afirmam que José Ailton sempre foi muito calado, e após o fim do namoro disse à jovem que iria "lutar pelo amor deles". A mãe de Juliana não acredita no chamado "crime passional" — Não foi um homem que matou porque estava apaixonado. Não foi isso. Ele planejou tudo. A parte da policia foi feita, mas eu quero que no julgamento ele ganhe uma pena bem pesada, porque não foi um crime passional
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José Ailton irá responder por ocultação de cadáver e homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, sem chance de defesa da vítima e feminicídio. O pai de Juliana se diz aliviado com a prisão. — Naquele momento que ele saiu preso do cemitério, me deu uma sensação de alívio. O que ele fez, está feito. Minha filha não vai voltar, mas quando ele foi preso, foi o presente do pai