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Funcionários e familiares de pacientes fazem manifestação em frente ao Hospital Federal de Ipanema

Ministério da Saúde nega que procedimentos vasculares tenham sido suspensos

Rio de Janeiro|Do R7

Protesto foi marcado após ministério suspender cirurgia vascular
Protesto foi marcado após ministério suspender cirurgia vascular Protesto foi marcado após ministério suspender cirurgia vascular

Familiares de pacientes e funcionários do Hospital Federal de Ipanema se reúniram em uma manifestação na manhã desta segunda-feira (26), em frente a unidade de saúde na zona sul do Rio. O ato foi marcado após o Ministério da Saúde suspender o serviço de cirurgia vascular do hospital. O protesto começou por volta das 10h. O grupo pretende recolher assinaturas em um abaixo assinado contra a decisão do ministro da Saúde.

Segundo familiares de pacientes, o setor vascular foi fechado sem que ninguém fosse avisado. O apelo feito por eles é que o serviço não seja interrompido. Atualmente, o setor conta com seis médicos. Destes, dois são estatutários e quatro temporários. Mesmo pequena, a equipe consegue realizar em média 25 cirurgias ao mês e mais de 150 consultas. Os procedimentos feitos são altamente especializados, atendendo casos complexos, como cirurgias de aneurisma e isquemias. A unidade também recebia pacientes graves transferidos de outras unidades ou municípios do Estado do Rio.

O marido de Dona Francelina de Almeida Ribolho, de 66 anos, está na fila para uma cirurgia vascular no Hospital de Ipanema. Ela conta que ele chegou a fazer o procedimento pré-operatório, porém teve a cirurgia cancelada de última hora.

— Meu marido é um "vasculopata" considerado grave, problema de má circulação, ele já operou a perna duas vezes e agora precisa de outra cirurgia urgente. Ele internou no sábado [17] e era para operar na quinta-feira passada [22], ele ficou em jejum durante toda o dia quando veio a triste noticia que foi suspensa a cirurgia vascular no hospital pelo Ministério da Saúde — Contou Francelina.

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Preocupada, ela participou do protesto em frente a unidade nesta manhã. Após ter a cirurgia cancelada e sem previsão para retorno no atendimento, Silvio de Almeida Ribolho foi liberado na última sexta-feira (23). O paciente, com longo histórico de complicações médicas, incluindo duas cirurgias e um AVC (Acidente Vascular cerebral), aguarda em casa uma nova data para realizar a operação.

Procurado, o Ministério da Saúde negou a informação que o serviço de atendimento vascular tenha sido interrompido. Em nota, afirmou que "serviço de cirurgia vascular do Hospital Federal de Ipanema está aberto, funcionando normalmente. A unidade, no entanto, está dentro do processo de reestruturação das seis unidades federais do Rio de Janeiro para ampliar o atendimento à população".

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Disse ainda, que o plano de reestruturação pelo qual as unidades federais (Andaraí, Bonsucesso, Cardoso Fontes, Ipanema, Lagoa e Servidores do Estado) estão passando vai otimizar os serviços prestados a população. "Nesta proposta, a cirurgia vascular será concentrada no Hospital da Lagoa, o que permitirá ganho de escala e especialização, qualificando e concentrando recursos humanos e equipamentos – sem nenhum prejuízo aos pacientes que hoje aguardam cirurgias na unidade. Já no Hospital de Ipanema, será criado um centro de cirurgia de joelho e quadril, diante da maior demanda nesta área".

Perguntado a respeito do paciente citado nesta matéria, Silvio de Almeida Ribolho, o Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro se comprometeu a verificar o ocorrido.

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