Servidores paralisam em protesto à privatização da Cedae
DivulgaçãoO presidente do Sintsama (Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento Básico e Meio Ambiente), Humberto Lemos, disse que a greve dos servidores da Cedae (Companhia Estadual de Águas Esgoto) iniciada na madrugada desta terça-feira (7) e com duração de três dias, não vai afetar o serviço de distribuição de água nos 64 dos 92 municípios atendidos pela companhia.
De acordo com Lemos, a Cedae tem 20 distritos espalhados pela região metropolitana do Rio e até agora o movimento transcorre sem anormalidade.
“Nós estamos cumprindo a lei de greve e 30% do nosso efetivo de 5.650 trabalhadores está nas turmas de emergência para garantir o abastecimento de água à população”, disse.
Segundo ele, a Polícia Militar está do lado de fora dos distritos, para garantir a ordem. Humberto Lemos disse que, se houver desabastecimento de água em um dos municípios atendidos pela Cedae, equipes de emergência serão deslocadas para atender à população.
"A partir das 10h, a categoria estará em frente a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) onde ficará acampada", explicou Lemos.
Venda da Cedae
A Alerj transferiu para quinta-feira (9) a discussão do Projeto de Lei 2.345/17, que autoriza a venda da Cedae, e um empréstimo emergencial para que o Executivo pague os salários do funcionalismo público. A princípio, a proposta estava na pauta da Alerj para ser analisada nesta terça, mas a data foi alterada para a instalação das comissões permanentes. A partir das 17h, serão feitas as eleições do presidente e vice das comissões de Constituição e Justiça, Orçamento, Economia, Saneamento Ambiental e de Emendas Constitucionais e Vetos.
Alerj discute piso regional
A Alerj discute nesta terça, a proposta do governo do Estado de reajuste de 7,53% no piso salarial de mais de 170 categorias de trabalhadores da iniciativa privada. O Projeto de Lei 2.344/17, do Executivo, estabelece salários entre R$1.131,58 e 2.887,17, para mais de 2 milhões de trabalhadores distribuídos em seis faixas. O texto deverá receber emendas dos deputados e ser discutido entre os líderes da Casa.
O piso salarial é estabelecido para categorias que não possuem salários estabelecidos por convenções, acordos coletivos ou por leis. Segundo a justificativa, o percentual de aumento está acima da inflação medida pelo Ipca (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), de 6,29%. Após a aprovação, o projeto terá efeito retroativo a 1º de janeiro de 2017.