A Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão preventiva do sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, na segunda audiência de instrução nesta segunda-feira (9). Ele é réu no processo que investiga a morte do vizinho Durval Teófilo Filho, em fevereiro, em São Gonçalo. De acordo com a juíza Juliana El-Jaick, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, o delegado Leonam Calderaro foi ouvido na sessão, como defesa do acusado. Além dele, o réu Aurélio Alves Bezerra foi interrogado. Na época do ocorrido, a autoridade policial que apurava o caso indiciou o sargento por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). No entanto, a defesa da família de Durval alega que o assassinato foi intencional e ele é investigado por homicídio doloso. O militar da Marinha alegou ter "confundido" Durval com um possível assaltante e reafirmou que agiu em legítima defesa. No ocorrido, o atirador levou o vizinho para o hospital, mas a vítima não resistiu aos ferimentos. Durval voltava do trabalho como estoquista de mercado quando foi atingido por dois dos três tiros efetuados pelo vizinho, no dia 2 de fevereiro. Toda a ação foi filmada por câmeras de segurança da região, que mostraram o momento em que a vítima, um homem negro, mexeu na mochila para pegar as chaves de casa e sofreu o ataque. A sentença de Aurélio Bezerra deve sair nas próximas semanas e decidirá se ele vai a júri popular. Durval deixou a esposa e uma filha de 6 anos, que ainda tentam se mudar de onde moram. *Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa