Justiça do Rio mantém prisão de sargento da Marinha que matou vizinho em São Gonçalo
Aurélio Bezerra matou Durval com dois tiros por ter 'confundido' vizinho negro com assaltante. Réu afirma legítima defesa
Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira, do R7*, com Record TV Rio

A Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão preventiva do sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, na segunda audiência de instrução nesta segunda-feira (9). Ele é réu no processo que investiga a morte do vizinho Durval Teófilo Filho, em fevereiro, em São Gonçalo.
De acordo com a juíza Juliana El-Jaick, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, o delegado Leonam Calderaro foi ouvido na sessão, como defesa do acusado. Além dele, o réu Aurélio Alves Bezerra foi interrogado.
Na época do ocorrido, a autoridade policial que apurava o caso indiciou o sargento por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). No entanto, a defesa da família de Durval alega que o assassinato foi intencional e ele é investigado por homicídio doloso.
O militar da Marinha alegou ter "confundido" Durval com um possível assaltante e reafirmou que agiu em legítima defesa. No ocorrido, o atirador levou o vizinho para o hospital, mas a vítima não resistiu aos ferimentos.
Durval voltava do trabalho como estoquista de mercado quando foi atingido por dois dos três tiros efetuados pelo vizinho, no dia 2 de fevereiro. Toda a ação foi filmada por câmeras de segurança da região, que mostraram o momento em que a vítima, um homem negro, mexeu na mochila para pegar as chaves de casa e sofreu o ataque.
A sentença de Aurélio Bezerra deve sair nas próximas semanas e decidirá se ele vai a júri popular. Durval deixou a esposa e uma filha de 6 anos, que ainda tentam se mudar de onde moram.
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa















