Manifestantes desocupam Câmara de Vereadores para instalação de CPI dos Ônibus
Na noite quinta-feira (8), um grupo havia ocupado o local para pedir pela investigação
Rio de Janeiro|Do R7
O grupo de manifestantes que ocupava a Câmara dos Vereadores durante a madrugada desta sexta-feira (9) deixou o local pacificamente para que a reunião de instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Ônibus pudesse ser iniciada às 9h, segundo informou a assessoria do vereador Eliomar Coelho (PSOL).
Ainda segundo a assessoria do vereador, cerca de 70 pessoas aguardavam do lado de fora da Câmara por volta das 8h50 desta sexta (9) para que pudessem acompanhar a sessão que pretende também eleger o presidente da investigação dos contratos da Prefeitura do Rio com empresas que operam o transporte coletivo na cidade.
O grupo que deu início à ocupação do local na noite de quinta-feira (8), após protesto no centro da cidade contra o governador do Estado, Sérgio Cabral, pede que Eliomar Coelho seja o presidente da CPI dos Ônibus. Além disso, eles pedem que todos os processos contra os manifestantes sejam paralisados e reivindicam que a área do antigo Museu do Índio seja devolvida aos indígenas.
Na quinta-feira (8), manifestantes também chegaram a ocupar o saguão principal da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) por volta das 17h40. O grupo formado por sindicatos de trabalhadores, entidades estudantis, partidos políticos e movimentos populares protestava contra o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes.
O protesto deixou ao menos dez feridos, após confrontos e cenas de vandalismo nos arredores da Alerj. Membros do grupo anarquista Black Bloc invadiram uma agência bancaria e lançaram pedras contra um prédio do empresário Eike Batista, enquanto a polícia tentava dispersar os manifestantes em torno da Alerj com bombas de gás lacrimogêneo, como informou a TV local.
CPI dos Ônibus
Era necessário o apoio de 17 vereadores, mas 27 assinaram o pedido favorável à CPI. A bancada governista é contra a CPI, mas entre os parlamentares que apoiam a investigação estão cinco integrantes do PMDB, partido do prefeito Eduardo Paes (PMDB).
Veja como foi o protesto: