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Médico confirma que bebê baleado está com paraplegia, mas que pode haver reversão

Apesar de lesão pulmonar, bebê Arthur respira sem ajuda de aparelhos, diz médico

Rio de Janeiro|

Claudineia recebeu alta na quinta-feira (6); Arthur continua internado em estado grave
Claudineia recebeu alta na quinta-feira (6); Arthur continua internado em estado grave Claudineia recebeu alta na quinta-feira (6); Arthur continua internado em estado grave

A equipe médica do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, que cuida do recém-nascido baleado na barriga da mãe, confirmou que ele está com paraplegia, mas pode reverter o quadro e recuperar os movimentos das pernas. Tudo depende de sua evolução. O estado de saúde da criança ainda é considerado grave.

O projétil passou pelo crânio do bebê, entrou pelo ombro direito, atingiu a coluna e cruzou o pulmão. Segundo o coordenador médico da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal do hospital da Baixada Fluminense, Eduardo de Macedo Soares, caso o bebê não regenere os movimentos, essa pode ser sequela mais grave que a criança levará para vida.

— Esta é uma situação extremamente atípica (bebê atingido por projétil), e a criança apresenta quadro grave. Ainda há risco à vida, mas é menor do que na última sexta-feira, quando ele deu entrada no hospital. Mas ainda é muito cedo para fazer qualquer prognóstico e dizer qual é chance que ele se recupere totalmente e reverta o quadro de paraplegia. Mas os bebês surpreendem a gente. Esse bebê já é uma criança forte, um campeão, um guerreiro, por tudo o que já passou.

Segundo o coordenador médico de neurocirurgia do hospital, Vinicius Mansur, apesar da lesão pulmonar, a criança respira sem ajuda de aparelhos e só precisa do auxílio de uma ventilação para dar suporte. Ele ainda se alimenta por sondas e não tem previsão de alta hospitalar.

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Na última terça-feira, a criança passou por uma cirurgia de descompressão da medula para que esta se expandisse, na tentativa de recuperar a lesão nas vértebras. Cerca de 30 médicos monitoram o bebê, que recebe visitas da mãe, a operadora de caixa Claudineia dos Santos Melo, de 29 anos.

O secretário de Estado de Saúde do Rio, Luiz Antonio Teixeira Jr., elogiou o tratamento recebido pela criança.

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— Apesar de o Rio de Janeiro passar pela sua maior crise, com falta de recursos e insumos hospitalares, essa mãe e o bebê estarem vivos é o resultado de uma equipe médica comprometida. Eles tiveram tudo de melhor no tratamento.

O diretor-geral do hospital, Manoel de Almeida, afirmou que, em 41 anos de carreira, nunca soube ou tratou de caso parecido.

— Nós já passamos por muita coisa difícil nesse hospital, como crianças atravessadas por vergalhões, e somos a unidade que mais atende vítimas de projétil de arma de fogo. Mas um bebê baleado na barriga foi inimaginável. O caso gerou uma comoção em toda a equipe médica. Todos nós temos filhos.

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