Médicos começam a receber atrasados e emergências do RJ retomam atendimentos
Pezão diz que pagamentos devem ser normalizados na segunda-feira (28)
Rio de Janeiro|Do R7
Após as primeiras ações do gabinete de crise formado pelo Ministério da Saúde, Prefeitura do Rio e governo do Estado, as principais emergências do Rio de Janeiro voltaram a funcionar normalmente nesta quinta-feira (24). Segundo o governo, medicamentos e materiais hospitalares doados pelo governo federal foram entregues nos hospitais Rocha Faria, em Campo Grande, Alberto Torres, em São Gonçalo, e Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias.
O governador Luiz Fernando Pezão também anunciou, durante o recebimento dos insumos, que as OSs (organizações sociais) que administram as unidades já começaram a pagar fornecedores, enfermeiros e médicos nesta quinta.
— Esperamos que, a partir de segunda-feira, esses pagamentos se normalizem. Ontem à noite, tive mais sinalizações de recursos entrando no caixa do Estado na segunda-feira [28]. Tudo o que entrar, vou destinar para pagamentos da Saúde, para normalizar a situação e entrarmos janeiro com tranquilidade
Cerca de 300 mil itens, avaliados em cerca de R$ 20 milhões, foram entregues nas unidades. Outros lotes devem ser distribuídos para o restante das unidades de saúde estaduais na próxima semana, informou o governo.
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Sobre os procedimentos cirúrgicos, o secretário nacional de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, anunciou que os pacientes internados em hospitais do Estado poderão realizar cirurgias em unidades federais, se houver necessidade.
— A rede federal pode recebê-los, realizar o procedimento e, depois devolvê-los para recuperação na unidade estadual.
Ontem, o Estado decretou estado de emergência na Saúde por 180 dias, com objetivo de evitar burocracias para abastecimento dos hospitais e facilitar o auxílio do governo federal. Com a medida, o governo já conseguiu R$ 297 milhões para começar a regularizar o atendimento nas emergências. Esses recursos vêm do convênio com a Prefeitura do Rio (R$ 100 milhões), do Ministério da Saúde (R$ 135 milhões), além de R$ 152 milhões de receita de ICMS.