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Mistério: mãe e filha do Azerbaijão somem após brasileiro ser acusado de mantê-las em cárcere privado no Rio

Homem acusa mulher de montar farsa para ficar com patrimônio do casal

Rio de Janeiro|Do R7, com RJ no AR

Homem acusa mulher de montar farsa para ficar com patrimônio
Homem acusa mulher de montar farsa para ficar com patrimônio Homem acusa mulher de montar farsa para ficar com patrimônio

Uma estrangeira desapareceu junto com a filha, de cinco anos, após acusar o marido de mantê-las em cárcere privado em um apartamento em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. O brasileiro Mário Sérgio Vieira, de 62 anos, foi denunciado pelo Consulado do Azerbaijão e teve a residência invadida pela polícia, durante as Olimpíadas do Rio, para libertar Tamila Abdulova, de 42 anos, e a criança identificada apenas pelo primeiro, Aléxia.

O caso está sendo investigado, mas a polícia ainda não encontrou indícios do crime. O homem, que nasceu no Rio, acusa a mulher de montar uma farsa com apoio da embaixada do país asiático para fugir com a menina e ficar com o patrimônio do casal.

Em maio deste ano, o carioca, que trabalhou 14 anos como engenheiro no Azerbaijão, descobriu que estava com câncer e decidiu se tratar no Brasil. Ao chegar ao País, Tamila descobriu que Vieira tinha uma outra família. O casal fez um acordo de permanecer no Rio até o fim do tratamento, mas a estrangeira não se adaptou e retornou ao seu país de origem.

Após passar 40 dias fora, as duas retornaram ao Brasil. Logo depois, ela apresentou uma denúncia à embaixada do país asiático de que estaria sendo mantida presa em casa pelo marido. Em depoimento à Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher), Tamila acusou o brasileiro de violência doméstica e diz que foi ameaçada com uma faca. Vieira nega as acusações e diz que há um mês nem teria condições físicas para praticar o delito. Segundo ele, a mulher tem interesse em fugir do Brasil para ficar com uma casa e um apartamento de propriedade do casal em Baku, capital do Azerbaijão.

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Imagens de câmeras de segurança do condomínio onde o casal mora em Campo Grande que mostram Tamila circulando pela garagem e pela área de lazer próxima à piscina contrastam com a denúncia de cárcere e privado.

Outro ponto analisado nas investigações são as fotos de passeios por pontos turísticos do Rio registradas pela estrangeira. Em uma conversa ao celular, ela chega a prometer retirar a queixa, caso o marido autorize a saída dela e da filha do Brasil.

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A Justiça brasileira não determinou nenhuma medida protetiva que impeça o brasileiro de se aproximar de Tamila e da filha. A asiática está proibida de deixar o Brasil por determinação da Polícia Federal. O casal tem audiência marcada para o próximo dia 15 na 4ª Vara da Família, em Campo Grande, para decidir a guarda da menina.

Além da disputa pela guarda de Aléxia, a defesa de Vieira vai entrar, nesta quinta-feira (8), com representação no Ministério das Relações Exteriores exigindo que o Consulado do Azerbaijão aponte a localização de mãe e filha e explique por que fez a denúncia contra o engenheiro. Para o advogado do brasileiro, Carlos Nicodemos, a embaixada está driblando o direito da criança de conviver com a família paterna ao esconder o paradeiro das duas.

A reportagem da Record Rio entrou em contato com o Consulado do Azerbaijão, que não comentou o assunto tampouco revelou o paradeiro de mãe e filha. Como o país asiático não assinou a Convenção de Haia, que trata de direitos civis e também de proteção à criança, a questão da guarda pode ser decidida pela Justiça do Brasil. Ainda esta semana, a delegacia de Campo Grande (35ª DP) deve ouvir testemunhas para averiguar a denúncia de Tamila.

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