Morre estudante que foi mantido ligado a aparelhos após apelo da família no Rio

O corpo de Renan Grimaldi foi enterrado no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju, região central, na manhã deste domingo (2). O estudante teve morte confirmada após sofrer parada cardíaca na manhã de sábado (1°). O caso do jovem teve ampla repercussão devido ao apelo da família para que o hospital mantivesse Renan ligado aos aparelhos depois de ter morte cerebral constatada. 

A família do estudante chegou a cogitar a possibilidade de contratar um neurologista para que uma nova análise fosse realizada no paciente. Parentes e amigos se mobilizaram em vigília na porta do hospital para evitar que os aparelhos fossem desligados.

Renan Grimaldi, de 18 anos, estava internado desde domingo (25), no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na zona norte, quando sofreu um acidente de trânsito.

Morte cerebral

O jovem teve morte cerebral constatada nesta semana e os médicos continuaram monitorando o quadro dele por 48 horas. Ao fim do prazo, os aparelhos que mantêm os órgãos do jovem funcionando seriam desligados, procedimento padrão para quadros irreversíveis.

Entretanto, com o apelo da família, a direção do hospital informou que iria quebrar o protocolo médico e manter os equipamentos funcionando. Quando o anúncio foi feito, um grupo de amigos e familiares estava do lado de fora do hospital fazendo vigília e rezando.

Segundo o pai de Renan, o hospital concordou em só desligar os aparelhos com o consentimento da família.