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Motorista de caminhão admite que falava ao celular pouco antes de se chocar com passarela

Cinco pessoas morreram após a queda da estrutura metálica na linha Amarela

Rio de Janeiro|Do R7

Os corpos de quatro vítimas do acidente foram enterrados nesta 4ª
Os corpos de quatro vítimas do acidente foram enterrados nesta 4ª Os corpos de quatro vítimas do acidente foram enterrados nesta 4ª

O motorista do caminhão que provocou a queda de uma passarela na linha Amarela admitiu que falava ao celular pouco antes do acidente. Luiz Fernando da Costa disse ao delegado Fábio Asty, da 44ª DP (Inhaúma), que usou o telefone para se comunicar com um colega da firma, também motorista. A ligação teve início no momento em que o veículo entrou na linha Amarela até a hora do acidente, disse o delegado.

O telefone celular foi apreendido e passará por perícia para averiguar a conversa. Luiz Fernando contou à polícia que falava com um motorista da empresa Arco da Aliança sobre o desaparecimento do filho desse colega. O condutor também será ouvido pela polícia.

Cinco pessoas morreram no desabamento da estrutura metálica na manhã de terça-feira (29). Câmeras de monitoramento da linha Amarela mostraram que o caminhão entrou na via com a caçamba abaixada e, pouco tempo depois, o compartimento começou a se levantar. A batida na passarela aconteceu na altura de Del Castilho, na zona norte do Rio.

Segundo Asty, falar ao celular caracteriza negligência e pode agravar a pena. Entretanto, o delegado ainda não definiu por qual crime Luiz Fernando será indiciado. Asty disse que a principal hipótese é homicídio culposo (sem intenção) — pena de dois a quatro anos de prisão — e lesão corporal culposa — de seis meses a dois anos. Entretanto, a polícia não descarta que a caçamba possa ter sido acionada propositalmente, o que deve ser verificado após o resultado da perícia. Se isso for comprovado, o motorista responderá por cinco homicídios com dolo eventual.

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A polícia investiga se Luiz Fernando Costa, que teve sofreu ruptura no fígado, trauma no abdome e uma possível lesão vascular, tinha conhecimento de que circulava com a caçamba suspensa. Luiz Fernando atribuiu o levantamento da caçamba a falha mecânica. O resultado da perícia no caminhão deve sair em dez dias.

Um motorista de ônibus, testemunha do acidente, contou à polícia, em depoimento, que tentou emparelhar com o caminhão para alertar sobre o problema, mas não conseguiu. Antônio Carlos da Silva chegou a buzinar para alertar Luiz Fernando sobre o levantamento da caçamba.

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Os corpos de quatro vítimas foram enterrados no começo da tarde desta quarta-feira (29). Uma quinta vítima, Luiz Carlos Guimarães, morreu na manhã desta quarta, após quase um dia internado.

*Colaborou PH Rosa, do R7 Rio

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