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Mulher de Cabral se apresenta à Justiça Federal após ter prisão preventiva decretada

Juntamente com ex-governador, ela se tornou ré em processo de corrupção e lavagem

Rio de Janeiro|Do R7

Cabral e Ancelmo se tornaram réus em processo que apura lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa
Cabral e Ancelmo se tornaram réus em processo que apura lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa
Adriana Alcemo é encaminhada à PF nesta terça após prisão
Adriana Alcemo é encaminhada à PF nesta terça após prisão

Após ter a prisão preventiva decretada nesta terça-feira (6) pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, se apresentou por volta das 16h40 à 7ª Vara Federal Criminal, localizada na avenida Venezuela, no centro da capital fluminense. Ancelmo, que hoje se tornou ré em processo de lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa, se entregou acompanhada de seus advogados. Ela foi conduzida à sede da Polícia Federal no Rio e deve ser encaminhada ao sistema carcerário ainda nesta terça.

A prisão preventiva da advogada Adriana Ancelmo foi decretada pelo juiz Marcelo da Costa Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que aceitou denúncia contra ela e Cabral. Com isso, eles se tornam réus em processo de lavagem de dinheiro, corrupção de organização criminosa.

O magistrado também determinou novo mandado de busca e apreensão na casa Ancelmo. Por volta das 16h, agentes da Polícia Federal se encontravam na residência do casal, no Leblon, zona sul carioca.

O juiz cita no despacho que, segundo o MPF, o aprofundamento das investigações revelou que Ancelmo "ocuparia posição central na organização criminosa capitaneada por seu marido, Sérgio Cabral".


Ainda de acordo com as investigações, a mulher de Cabral seria "uma das principais responsáveis por ocultar recursos recebidos indevidamente por seu marido, valendo-se para tal de seu escritório de advocacia, bem como que teria adquirido ilegalmente verdadeira fortuna em joias de altíssimo valor".

O juiz afirma, com base nas investigações do MPF, que a participação criminosa de Ancelmo se dava após a prática de atos de corrupção de Cabral e de outros acusados. Segundo Bretas, "Ancelmo estaria usando sua condição de advogada e a estrutura de seu escritório de advocacia para propiciar o recebimento de valores espúrios pela organização criminosa descrita pelos investigadores".


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Ela é suspeita de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro de supostas propinas pagas por empreiteiras a Sérgio Cabral em obras no Estado. O MPF (Ministério Público Federal) investiga compra, em dinheiro vivo, de joias pelo casal.

O ex-governador está preso desde 17 de novembro, por determinação do mesmo juiz federal que mandou prender Adriana Ancelmo. Na ocasião, o MPF já havia pedido a prisão de Ancelmo, mas ela havia sido negada.

O desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro tem documentos que indicam que o casal adquiriu mais de 400 joias de uma única grife sem nota fiscal. A soma desses bens chega a R$ 5,7 milhões. As aquisições foram feitas em dinheiro vivo.

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