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Operação Paz Armada: PM cumpre mais um mandado de prisão na Rocinha; 34 já foram para a cadeia

Policiais fazem varredura na comunidade desde sábado

Rio de Janeiro|Do R7

Rocinha
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Policiais Militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha cumpriram mais um dos 58 mandados de prisão expedidos contra traficantes da comunidade. Iniciada às 6h de sábado (13), a Operação Paz Armada, feita em parceria com a Polícia Civil, prendeu, até o fim da manhã desta quarta-feira (17), 34 suspeitos, sendo 26 por mandado e oito em flagrante. Três menores foram apreendidos. As informações foram confirmadas pelo titular da Delegacia da Gávea (15ª DP), Orlando Zaccone.

A varredura na Rocinha não tem data definida para terminar. Com mandados em aberto e a informações de que muitos criminosos continuam se escondendo na comunidade, a polícia irá estender as buscas, pelo menos, até o fim da semana.

Faturamento alto

A quadrilha de mais de 90 traficantes que, segundo a polícia, vem mantendo a movimentação do tráfico de drogas na Rocinha fatura mais de R$ 6 milhões ao mês, de acordo com as investigações realizadas entre abril e julho deste ano. O faturamento médio semanal de cada uma das 100 bocas de fumo é de R$ 15 mil, sendo que as mais próximas ao asfalto chegam a embolsar quase R$ 12 mil ao dia. A comunidade está ocupada pela polícia desde novembro de 2011.

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Durante os últimos dias de investigação, a polícia identificou também que a Rocinha estava à beira de enfrentar uma guerra interna. De acordo com o delegado Orlando Zaccone, titular da Delegacia da Gávea (15ª DP), a ação policial impediu um derramamento de sangue na favela de São Conrado.

Embora Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, continue comandado o tráfico à distância, de um presídio federal no Mato Grosso do Sul, John Wallace da Silva Viana, o Johnny, é quem toma a frente dos negócios na favela. Ele teria sido promovido pela sua capacidade intelectual e estaria à frente dos principais pontos de venda de drogas, na parte baixa da comunidade. A novidade desagradou Luiz Carlos da Silva, o Djalma, que comanda as bocas da parte alta da Rocinha.

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As escutas telefônicas feitas pela polícia ajudaram a identificar que Djalma planejava um golpe de estado ao comando de Johnny. No entanto, ele evitava a guerra por lealdade a Eduíno Eustáqui de Araújo Filho, o Dudu, que foi encontrado morto na última semana no complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste. Segundo o comandante da UPP, major Edson, a morte de Dudu teria deixado o caminho livre para o chefe da parte alta da Rocinha colocar seu plano em prática.

— Com a morte do Dudu, o Djalma ia tentar tomar a parte baixa. Se houvesse a guerra, muita gente inocente poderia morrer.

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