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Operação prende mais dois traficantes na Rocinha; polícia ainda tem 33 mandados para cumprir

Total de presos chega a 33, além de três menores apreendidos

Rio de Janeiro|Do R7

Criminosos foram apresentados na Delegacia da Gávea (15ª DP)
Criminosos foram apresentados na Delegacia da Gávea (15ª DP) Severino Silva/Agência O Dia

A operação Paz Armada, uma parceria entra Polícia Civil e a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, prendeu mais dois suspeitos de tráfico entre a noite de domingo (14) e a madrugada desta segunda-feira (15). Ao todo, a ação, que começou às 6h de sábado (13), já capturou 33 criminosos, sendo 25 por cumprimento de mandado de prisão e oito em flagrante. Três menores foram apreendidos. As informações são da Polícia Civil.

A polícia ainda tem em mãos 33 mandados. Como há informações de que traficantes procurados ainda estão na comunidade, a operação será mantida, pelo menos, até o fim da semana.

Faturamento alto

A quadrilha de mais de 90 traficantes que, segundo a polícia, vem mantendo a movimentação do tráfico de drogas na Rocinha fatura mais de R$ 6 milhões ao mês, de acordo com as investigações realizadas entre abril e julho deste ano. O faturamento médio semanal de cada uma das 100 bocas de fumo é de R$ 15 mil, sendo que as mais próximas ao asfalto chegam a embolsar quase R$ 12 mil ao dia. A comunidade está ocupada pela polícia desde novembro de 2011.


Durante os últimos dias de investigação, a polícia identificou também que a Rocinha estava à beira de enfrentar uma guerra interna. De acordo com o delegado Orlando Zaccone, titular da Delegacia da Gávea (15ª DP), a ação policial impediu um derramamento de sangue na favela de São Conrado.

Embora Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, continue comandado o tráfico à distância, de um presídio federal no Mato Grosso do Sul, John Wallace da Silva Viana, o Johnny, é quem toma a frente dos negócios na favela. Ele teria sido promovido pela sua capacidade intelectual e estaria à frente dos principais pontos de venda de drogas, na parte baixa da comunidade. A novidade desagradou Luiz Carlos da Silva, o Djalma, que comanda as bocas da parte alta da Rocinha.


As escutas telefônicas feitas pela polícia ajudaram a identificar que Djalma planejava um golpe de estado ao comando de Johnny. No entanto, ele evitava a guerra por lealdade a Eduíno Eustáqui de Araújo Filho, o Dudu, que foi encontrado morto na última semana no complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste. Segundo o comandante da UPP, major Edson, a morte de Dudu teria deixado o caminho livre para o chefe da parte alta da Rocinha colocar seu plano em prática.

— Com a morte do Dudu, o Djalma ia tentar tomar a parte baixa. Se houvesse a guerra, muita gente inocente poderia morrer.

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