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Operação prende ex-comandante de batalhão da PM e outros 15 agentes envolvidos com tráfico no Rio

Tenente-coronel foi exonerado na quarta (8); dois oficiais do 17º BPM foram detidos

Rio de Janeiro|Do R7

Operação deve cumpri 16 mandados de prisão contra PMs
Operação deve cumpri 16 mandados de prisão contra PMs Operação deve cumpri 16 mandados de prisão contra PMs

A SSITE (Subsecretaria de Inteligência) da Secretaria de Segurança do Rio realizou nesta quinta-feira (9) a Operação Ave de Rapina, que prendeu 16 policiais militares e cumpriu 32 mandados de busca e apreensão. Entre os presos, estão dois oficiais.

Segundo investigação da SSINTE, policiais do Batalhão da Ilha do Governador (17º BPM) estariam envolvidos com o tráfico de drogas do bairro da zona norte do Rio.

De acordo com o MP (Ministério Público), eles são acusados de sequestrar e cobrar R$ 300 mil para libertar traficantes do Morro do Dendê, na Ilha, e de Senador Camará, na zona oeste. Os crimes de extorsão mediante sequestro e roubo foram cometidos no dia 16 de março passado.

Foram presos o tenente-coronel Dayzer Corpas Maciel, que até esta quarta-feira (8) comandava o 17° BPM, e o chefe do serviço reservado do batalhão, 1° tenente Vítor Mendes da Encarnação. Segundo o MP, os oficiais tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça e serão afastados de suas funções por ordem judicial.

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Na casa do ex-comandante, foram apreendidos R$ 14 mil. Já no gabinete do tenente-coronel foram encontrados notas fiscais e documentos de despesas relativas a materiais de construção adquiridos para o batalhão na loja que pertence à mulher e aos cunhados de Corpas Maciel.

Agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público, da CGU (Corregedoria-Geral Unificada) da Polícia Civil e da Draco/IE (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais) auxiliaram na operação.

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As investigações apontam que os PMs denunciados tinham ligações com traficantes de drogas, especialmente com Fernando Gomes de Freitas, conhecido como Fernandinho Guarabu, que seria chefe de facção criminosa. Segundo a secretaria, em uma ação em março deste ano, em que um carro com cinco traficantes foi abordado, os agentes do 17º BPM prenderam apenas três suspeitos, que foram encaminhados para a delegacia da Ilha do Governador (37ª DP) e liberaram os outros dois mediante pagamento de propina. A ordem teria sido dada por Vítor Mendes, conforme denúncia entregue à Auditoria de Justiça Militar Estadual.

De acordo com a denúncia, os outros dois presos foram levados para o bairro Itacolomi, na Ilha, onde tiveram o resgate negociado com uma advogada e foram libertados sete horas após a prisão, depois do pagamento de R$ 300 mil. Segundo o MP, os policiais ainda venderam a traficantes do Morro do Dendê os três fuzis apreendidos, pelo valor de R$ 140 mil. O restante da apreensão foi dividido entre os PMs.

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Ainda segundo a denúncia, o ex-comandante do 17° BPM manteve contato telefônico com o 1° tenente durante a ação criminosa e recebeu R$ 40 mil do total arrecadado no resgate. Outros oitos policiais, entre eles, o subtenente José Luiz Ferreira da Penha, ganharam R$ 1.000 cada um.

Veja o vídeo:

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