O prefeito do Rio, Eduardo Paes, se reuniu por cerca de quatro horas na tarde desta terça-feira (8) com professores municipais, pais de alunos, funcionários e diretores de escolas. O encontro foi para debater medidas para encerrar a greve dos professores da capital fluminense, que já dura mais de 50 dias.
Após a reunião, Eduardo Paes falou que vai fazer valer a decisão da Justiça de cortar o ponto dos professores grevistas a partir de 3 de setembro, já que a paralisação foi considerada ilegal.
O que mais chamou a atenção no Palácio da Cidade, em Botafogo, na zona sul, foi a ausência de representantes do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino) no debate. O prefeito explicou o porquê de não ter convidado os líderes do sindicato.
— Porque eles querem nomear a secretária no meu lugar e revogar a lei que dá aumento para professor. Não é uma pauta de quem quer discutir e conversar. É uma pauta de alguém que não quer acordo.
Enquanto a prefeitura afirma que não vai retomar diálogo com o Sepe, o sindicato informa que só irá suspender a greve quando algumas reivindicações forem aceitas, como o cancelamento do novo plano de carreira dos professores municipais e a demissão da secretária municipal de Educação.
Em nota, o Sepe informou que “não foi convidado, nem participou da reunião realizada entre o prefeito, a secretáriade Educação Cláudia Costin e o secretário da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho, com os representantes dos CECs(Conselhos Escola Comunidade). Alertados sobre a reunião, alguns diretores do sindicato tentaram entrar na sede da prefeitura para reivindicar das autoridades municipais a reabertura das negociações e a permissão para participarda reunião, mas tiveram seu acesso negado”.
Uma nova assembleia marcada para esta quarta-feira (9) vai decidir se os professores municipais continuam ou não em greve.