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Paralisação de ônibus pode prejudicar 6 milhões de cariocas nesta quarta

Prefeitura montou um plano de contingência com reforço nos trens, barcas e metrô

Rio de Janeiro|Do R7

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Em assembleia, cerca de 150 rodoviários apoiaram a paralisação nesta quarta-feira (28)
Em assembleia, cerca de 150 rodoviários apoiaram a paralisação nesta quarta-feira (28)

Começou à meia-noite desta quarta-feira (28) mais um dia de paralisação de ônibus no Rio de Janeiro, a quarta no mês de maio. Cerca de 6 milhões de passageiros, que utilizam o serviço diariamente na capital fluminense, podem ser prejudicados pela greve, prevista para terminar às 23h59 desta quarta. A prefeitura montou um plano de contingência com o reforço na circulação dos trens, barcas e metrô.

O Rio de Janeiro amanheceu chuvoso. Até as 7h40, contudo, a cidade permanecia em estado de vigilância. Na manhã desta quarta, poucos ônibus circulavam na zona sul carioca. Havia filas de passageiros em pontos de ônibus e terminais na capital.


A circulação do metrô era regular. A MetrôRio informava, contudo, que o serviço de ônibus Metrô de Superfície não funciona hoje em razão da greve.

A paralisação foi decidida após uma assembleia que reuniu cerca de 150 rodoviários na Candelária, no centro do Rio. O grupo reivindica 40% de reajuste, aumento na cesta básica e o fim da dupla função motorista/cobrador.


Assim como ocorreu em São Paulo, os grevistas não são ligados ao sindicato da categoria, o Sintraturb Rio (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro). 

Na primeira semana de abril, o grupo de dissidente do transporte público carioca parou por 24 horas. Na segunda semana, a pausa foi de 48 horas. Mais de 500 ônibus foram depredados naqueles três dias, com avarias como a quebra de vidros, portas e retrovisores.


A prefeitura pediu que a Polícia Militar reforçasse o patrulhamento nas portas das garagens, a fim de garantir a segurança dos profissionais que não quiserem aderir à paralisação.

O Sintraturb reafirmou que não apoia o movimento grevista, classificando a nova paralisação como uma prova “desespero e falta de sensibilidade”. O vice-presidente do Sintraturb, Sebastião José, lembrou que a paralisação já foi considerada ilegal pela Justiça e aconselhou os profissionais a não participarem desse movimento, já que as empresas poderão realizar demissões por justa causa.


— Dizer que se os garis conseguiram 37%, os rodoviários também teriam esse direito é no mínimo insano. Claro que o sindicato lutou e vai continuar lutando para um reajuste maior no próximo dissídio; mas no momento isso foi o melhor que conseguimos, já que foi o maior aumento da categoria em todo o País.

Em abril deste ano, o sindicato dos rodoviários e o Rio Ônibus, consórcio que administra o serviço de ônibus no Rio, entraram em um acordo por 10% de reajuste nos salários, mas o grupo dissidente não concordou. Uma nova assembleia deve ser realizada na sexta-feira (30) para definir uma possível paralisação na segunda-feira (2).

São Paulo

Na semana passada em São Paulo, greve desencadeada por meio de uma espécie de “sindicato paralelo”, inicialmente sem representantes identificados, pegou a população de surpresa e chegou a fechar, na terça-feira (20), 16 terminais e o Expresso Tiradentes e, na quarta-feira (21), afetou mais de 1 milhão de pessoas.

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