As famílias dos cinco jovens negros mortos por PMs em Costa Barros, zona norte do Rio, decidiram nesta terça-feira (1º) processar o Estado e pedir indenização. Para a mãe de um dos meninos, se fossem cinco meninos brancos dentro do carro, o fuzilamento não teria ocorrido (assista à reportagem abaixo).
Josiano Vieira, presidente da Associação de Moradores da Lagartixa, que participou de reunião dos parentes com lideranças comunitárias e representantes de entidades civis, defendeu a ação judicial, argumentando que "foi o Estado que matou".
— Se houve negligência do Estado em relação à qualificação dos PMs e a execução dos menores dentro da comunidade, a gente está se reunindo para que se torne uma aliança e nós queremos justiça.
Em depoimento, eles disseram que foram checar uma denúncia de roubo de caminhão quando foram alvejados por criminosos. Mas a versão não convenceu os investigadores e os policiais foram indiciados por homicídio e fraude processual. Nesta terça, a Justiça do Rio converteu a prisão dos policiais em preventiva, ou seja, eles permanecerão presos ao menos até o julgamento.
Para Márcia Domingos, mãe de Wilton Junior, o que houve foi uma execução.
— Eles deram tiro até em cima do capô do carro. Eles estavam ali querendo matar mesmo, fazer chacina mesmo.
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