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Pezão promete manter projeto de UPPs apesar de crise financeira no Rio

Pezão não garantiu o pagamento do 13º e dos salários dos policiais em dezembro

Rio de Janeiro|Do R7

O governador licenciado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou nesta quarta-feira (12) que a segurança pública é vital e que o projeto das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) vai continuar apesar da crise financeira que assola o Estado. Pezão não garantiu o pagamento do 13º e dos salários dos policiais em dezembro. Ele afirmou ainda que reassumirá o comando do governo em 31 de outubro.

— Tem uma série de medidas que vamos tomar até o final de outubro e esperamos viabilizar esses pagamentos. Todo mês tem sido uma luta muito grande. A gente espera que isso (atraso nos pagamentos) não ocorra.

Enquanto o Rio volta a sofrer com problemas de segurança e o secretário da pasta, José Mariano Beltrame, deixa o cargo após dez anos de gestão, Pezão disse, em entrevista ao RJTV, que manterá a despolitização na indicação de delegados e comandantes de batalhões no Estado. 

O governador afirmou que o substituto de Beltrame, Roberto Sá, terá autonomia.


— Eu não vou interferir. Ele tem autonomia total para montar a equipe dele - disse Pezão ao ser questionado sobre quem assumiria o cargo de chefe da Polícia Civil, após o anúncio da saída de Fernando Veloso, nesta quarta.

Pezão garantiu que as UPPs serão mantidas.


— Vou fazer todos os esforços para solidificarmos o projeto de UPPs. Vou me dedicar totalmente, apesar do momento difícil.

O governador elogiou o currículo de Sá, que já passou pela Polícia Militar, é policial federal e formado em Direito, além de ter sido o braço direito de Beltrame.


— Ele fazia toda a interface entre os delegados e a Polícia Militar. É uma pessoa super preparada e conhece a segurança pública como ninguém.

Os dois tiveram uma longa conversa na tarde de ontem. Licenciado do governo do Estado desde março para tratar um câncer linfático, Pezão disse que reassume o governo no dia 31 de outubro.

— Eu quero (votar) dia 31 de outubro, se Deus quiser. Meu médico está praticamente me liberando, ainda tenho alguns problemas de taxas, mas volto dia 31.

O governador destacou que o interino Francisco Dornelles continuará tendo um papel relevante no governo, já que ele não poderá manter uma jornada de trabalho de 16 horas diárias como fazia antes da doença.

— Eu e Dornelles trabalhamos juntos. Ele estará me ajudando.

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