PM atende manifestantes e restabelece luz, água e libera acesso aos banheiros na Câmara dos Vereadores
Grupo ocupa a Casa em protesto à escolha de Chiquinho Brazão para presidente de CPI
Rio de Janeiro|Do R7, com Agência Brasil
Os manifestantes que, desde a manhã desta sexta-feira (9), ocupam o plenário da Câmara de Vereadores do Rio se reuniram por mais de uma hora com o negociador da Polícia Militar, o coronel Mauro de Andrade. A retomada das negociações só foi possível porque a PM atendeu às exigências dos ativistas que pediram o restabelecimento da luz no plenário, água, alimentação e acesso aos banheiros.
O grupo também pediu que o presidente da Câmara, vereador Jorge Felippe (PMDB), mantenha um diálogo direto com o grupo ou designe uma comissão de negociação. Também participaram da reunião os vereadores Paulo Pinheiro, Jefferson Moura, Renato Cinco e o deputado federal Chico Alencar, todos do PSOL.
Segundo Renato Cinco, o presidente da Câmara concordou em se reunir com os manifestantes na próxima terça-feira (13), desde que o prédio seja desocupado. O grupo de ativistas prossegue em assembleia, no plenário, decidindo o que fará nas próximas horas. Manifestantes também estão concentrados no lado de fora do Palácio Pedro Ernesto, na Cinelândia, em apoio aos que ocupam o plenário.
O coronel Mauro de Andrade determinou que o efetivo deixe o local, com exceção de uns poucos policiais, entregando a tarefa de segurança do prédio da Câmara para a Guarda Municipal.
A ocupação do plenário da Câmara Municipal começou logo após a eleição do presidente e do relator da CPI dos Ônibus. A Polícia Militar acompanhava a manifestação.
Entre as reivindicações, o grupo pedia a troca da presidência da CPI dos Ônibus de Chiquinho Brazão (PMDB) por Eliomar Coelho (PSOL). Eles também pedem a anulação da reunião de instalação da CPI realizada nesta sexta-feira, a saída dos vereadores Jorginho da SOS, Renato Moura e Professor Uóston, e exigem que só possam participar da CPI vereadores que votaram a favor da instalação. Além disso, os manifestantes querem que todas as reuniões sejam programadas e divulgadas com antecedência e garantam a participação popular sem restrições.
Por volta das 14h45, a luz do plenário foi cortada, o que provocou indignação dos manifestantes, que foram impedidos de usar o banheiro da Casa.
Policiais militares com escudos e capacetes com viseiras cercaram a entrada principal da Câmara. Do lado de dentro, grupos de PMs observam a movimentação dos manifestantes, mas sem intervir. Vereadores de partidos de oposição montaram um palanque do lado de fora e fazem discursos em apoio aos manifestantes.