O policial militar Marcelo Soares que atropelou e matou o empresário Hélio Crespo, 40 anos, foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, segundo o delegado titular da Barra da Tijuca (16ª DP), Marcus Neves.
Depois de denúncias anônimas, o carro envolvido no acidente foi encontrado por agentes da 16ª DP no domingo (27). O veículo, que está no nome do policial militar, estava com o parabrisa estilhaçado, o retrovisor pendurado e o farol e o parachoque também foram danificados com o impacto. O PM, que é lotado no batalhão do Recreio dos Bandeirantes (31º BPM), tem, segundo o Detran, 49 multas não pagas sendo a maioria por excesso de velocidade e avanço de sinal. A consulta ao banco de dados do Detran mostra também que, na madrugada do dia 13 de fevereiro, o carro recebeu sete multas em apenas quatro horas, por excesso de velocidade.
Hélio tinha 40 anos e foi morto ao ser atropelado na avenida Lucio Costa, altura da Praia da Reserva, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, na manhã do último sábado (26). Em um vídeo postado em uma rede social, um homem que presenciou todo o acidente contou que com o impacto da batida, o corpo do ciclista foi arremessado a uma altura de quase 3 m. Pessoas que estavam no local prestaram socorro ao comerciante que foi levado ao Hospital Lourenço Jorge, mas não resistiu.
O comerciante era sedentário, mas há cerca de quatro meses descobriu uma paixão pelo ciclismo e passou a se exercitar todas as manhãs. Segundo o primo do ciclista, Rafael Crespo, apesar do pouco tempo, Hélio fez muitos amigos no esporte.
— Ele era um cara muito pra cima e gente boa. A gente só quer o correto, que essa pessoa pague pelo que ela fez.
Veja o vídeo: