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PM, mulher e dois suspeitos morrem durante operação no Complexo do Alemão

Ação tinha objetivo de reprimir quadrilha suspeita de roubos a bancos no RJ; familiar diz que vítima foi atingida por policiais 

Rio de Janeiro|Victor Tozo, do R7*, com Anabel Reis, da Record TV Rio

Operação conta com quatro aeronaves, dez blindados e cerca de 400 agentes
Operação conta com quatro aeronaves, dez blindados e cerca de 400 agentes

Um PM, uma mulher e dois suspeitos morreram durante uma operação das polícias Militar e Civil no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, no início da manhã desta quinta-feira (21). Outros dois policiais também foram baleados na ação.

O agente morto foi identificado como Bruno de Paula, de 38 anos. A corporação afirmou que ele foi ferido quando a base da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Nova Brasília foi atacada por criminosos em retaliação à ação policial. Bruno de Paula foi socorrido, levado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu. 

Bruno de Paula tinha 38 anos
Bruno de Paula tinha 38 anos

A PM lamentou a morte do cabo, que estava na corporação desde 2014. Ele deixou esposa e dois filhos. Ainda não há informações sobre horário e local do sepultamento.

Testemunhas afirmaram que, durante a operação, uma mulher foi baleada no peito e morreu. Identificada como Letícia Marinho Salles, de 50 anos, ela era moradora do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste.


Um familiar disse que ele e Letícia estavam parados em um semáforo na estrada do Itararé, quando ela foi atingida por PMs que tentavam atirar contra outro veículo, que se encontrava ao lado.

Um dos dois policiais baleados foi atingido nos pés e passa bem, de acordo com o porta-voz da PM, Ivan Blaz. Até o momento, o estado de saúde do outro agente ferido não foi divulgado. 


PM também atua nas comunidades do Juramento e do Juramentinho, na zona norte do Rio
PM também atua nas comunidades do Juramento e do Juramentinho, na zona norte do Rio

A ação, coordenada pelo Bope (Batalhão de Operações Especiais) e pela Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), tinha o objetivo de reprimir uma organização criminosa que orquestrava roubos a bancos e roubos de carga em Niterói e também na Baixada e em Quatis, no sul fluminense, segundo Blaz.

O porta-voz da corporação orientou os moradores da área a ficar em casa e a interromper suas atividades durante o andamento da operação. 


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A PM afirmou que, nas comunidades Fazendinha e Nova Brasília, as bases das UPPs locais foram atacadas por criminosos, que também derramaram óleo em via pública para dificultar a passagem dos agentes e atearam fogo em objetos.

Residentes do Alemão registraram intensos tiroteios na ação, que conta com quatro aeronaves, dez veículos blindados e a participação de cerca 400 agentes. PMs também atuam nas comunidades do Juramento e do Juramentinho, nos bairros de Vicente de Carvalho e Tomás Coelho, na zona norte do Rio.

De acordo com a PM, teve início uma mobilização de mototaxistas no entorno da comunidade, o que, segundo a corporação, seria uma manobra para garantir a oportunidade de fuga de criminosos cercados na operação.

O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) informou que está acompanhando a operação para adoção das providências cabíveis e que, posteriormente, irá analisar se foram cumpridos os preceitos da ADPF nº 635. A medida visa limitar as ações em comunidades no período da pandemia e reduzir a letalidade policial. 

O órgão também ressaltou que o plantão de atendimento para denúncias de possíveis casos de violência e abusos de autoridade cometidos durante ações policiais pode ser acionado por meio do telefone ou WhatsApp, no número (21) 2215-7003, ou pelo e-mail gt-adpf635@mprj.mp.br.

* Estagiário do R7, sob supervisão de Odair Braz Jr.

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