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PMs são absolvidos no caso da morte de Patrícia Amieiro

Dois dos quatro policiais militares julgados também por fraude processual foram condenados e podem ter pena de até dois de prisão, e multa

Rio de Janeiro|Lucas Ferreira, do R7*, com Record TV Rio

Patrícia morreu aos 24 anos
Patrícia morreu aos 24 anos Patrícia morreu aos 24 anos

Os dois policiais militares acusados pela tentativa de homicídio da engenheira Patrícia Amieiro, em junho de 2008, foram inocentados na madrugada desta quarta-feira (10), em julgamento feito pelo 1º Tribunal do Júri da Capital, no centro do Rio de Janeiro.

Além da acusação de tentativa de homicídio, dos quatro policiais militares que responderam também por fraude processual, dois foram condenados e cumprirão pena de até dois anos de reclusão. Segundo o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), os PMs teriam alterado a cena do crime.

Após o termino do julgamento, que levou 11 anos para acontecer e foi adiado seguidas vezes, os pais de Patrícia não esconderam o descontentamento com a decisão do júri popular.

“Eu estou abismado. É triste esperar tanto tempo para nada. Nada não, evoluiu alguma coisa, mas a gente esperava muito mais da Justiça. [A história] não acabou e não vai acabar nunca”, diz Antônio Celso de Franco, pai da engenheira.

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A mãe de Patrícia, Tânia Márcia, saiu do julgamento muito abalada. Ela declarou não entender a decisão favorável aos PMs e, junto aos advogados de defesa, afirmou que pretende recorrer.

“Espero que eu esteja viva, eu quero honrar a memória da minha filha. Eu quero fazer isso por ela. [...] Eu não consegui, minha filha. Não foi dessa vez que eu consegui. Eu amo muito ela, ela sabe que eu estou fazendo tudo, tudo para conseguir justiça.”

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Para o advogado da família, Alexandre Moura Dumans, há uma contradição nas penas, já que dois dos policiais julgados foram condenados por fraude processual em um crime que foram absolvidos.

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“Eles foram condenados apenas, dois deles, pelo crime de fraude processual e todos foram absolvidos pelo homicídio. Como há uma certa contradição, pois afinal de contas, quem faria uma fraude processual para se beneficiar de alguma coisa que não cometeu? Portanto, esse foi o motivo que nos inspirou a recorrer.”

Depois de 11 anos do caso, Patrícia, que voltava de uma festa na Urca, zona sul da cidade, continua desaparecida. Apesar do carro da engenheira ter sido localizado no canal de Marapendi com perfurações de bala, seu corpo nunca foi encontrado.

*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa

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