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Polícia Federal investiga novo grupo suspeito de ligação com terrorismo

Operação Hashtag prendeu 12 pessoas por suposto envolvimento com terrorismo

Rio de Janeiro|Do R7

A Polícia Federal investiga um novo grupo de pessoas que podem ter ligação com terrorismo. Segundo a polícia, um dos 12 homens presos na última semana pela Operação Hashtag participava ativamente de um outro grupo nas redes sociais. A partir dessas informações, a Polícia Federal passará a analisar o grupo.

Os mandados cumpridos na primeira fase da operação são de 30 dias, que podem ser prorrogados por mais 30. As informações que levaram à prisão dos integrantes do grupo foram obtidas a partir das quebras de sigilo de dados e telefônicos. Segundo a PF, há indícios de que os investigados preconizam a intolerância racial, de gênero e religiosa, além de uso de armas e táticas de guerrilha para alcançar os objetivos.

O juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba, responsável por solicitar a prisão de dez pessoas acusadas de planejar um ataque terrorista no Brasil, declarou que a Operação Hashtag foi deflagrada em razão de postagens em redes sociais que "exaltavam" e “parabenizavam” atentados terroristas, além da possibilidade de ataques durante as Olimpíadas.

— A gente tem [como indícios de crimes] conversas em rede social e aplicativos de mensagens instantâneas com exaltação a atos terroristas ocorridos recentemente e afirmações de [que os ataques são] um ato nobre, que devem ser parabenizados, congratulados.

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O juiz declarou que as prisões temporárias foram solicitadas com base "nos novos crimes" tipificados na Lei Antiterrorismo, sancionada em março passado pela presidente afastada Dilma Rousseff. Os artigos da nova lei que baseiam a decisão são o 3º ("promover, constituir, integrar ou prestar auxílio, pessoalmente ou por interposta pessoa, a organização terrorista") e o 5º ("realizar atos preparatórios de terrorismo com o propósito inequívoco de consumar tal delito"). A suposta “promoção ou integração” de organização terrorista, diz o juiz, foram coletadas “basicamente pelo meio virtual”.

Além da exaltação ao Estado Islâmico, uma parte do grupo teria feito comentários sobre a proximidade dos Jogos Olímpicos do Rio e a possibilidade de realizar ataques a estrangeiros que viriam ao Brasil, sobretudo àqueles que vêm de países que apoiam a coalizão internacional (liderada pela França) que enfrenta o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

As investigações, ressalta o juiz, não apontaram para um plano concreto de ataque, mas se concentraram nas trocas de mensagens.

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