A Polícia Civil investiga se o embaixador da Grécia desaparecido na Baixada Fluminense possa ter sido vítima de crime passional. A corporação confirmou na manhã desta sexta-feira (30) que o carro encontrado embaixo de um viaduto do Arco Metropolitano, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, era o mesmo dirigido por Kyriakos Amiridis, de 59 anos. Dentro do carro, também foi encontrado um corpo carbonizado, que passa por uma perícia no IML (Instituto Médico Legal) para revelar a identidade da vítima.
Na madrugada desta sexta, um policial militar lotado na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Fallet/Fogueteiro prestou depoimento na DHBF (Delegacia de Homicídio da Baixada Fluminense). O PM permanece detido na unidade, mas segundo a família, ele é apenas testemunha do caso. O advogado do agente também esteve no local, mas já teria ido embora. A polícia também confirmou que um homem foi preso na manhã de hoje suspeito de envolvimento no desaparecimento do diplomata.
A mulher de Amiridis também prestou depoimento nesta sexta. Françoise Amiridis teria à polícia que ele saiu de casa na última segunda-feira (26) e não disse para onde. Ela também teria dito que era costume do embaixador passar até dois dias fora de casa, mas por falta de notícias, resolveu procurar a polícia.
Amiridis mora em Brasília e passava férias no Rio de Janeiro, onde foi cônsul-geral de 2001 a 2004. Segundo a polícia, na última segunda-feira (26), às 20 horas, Amiridis ligou para a mulher, que passeava em um shopping, e avisou que ia sair. Ele estava na casa que mantém em Nova Iguaçu e não disse para onde iria. Amiridis saiu dirigindo o carro que havia alugado para a temporada de descanso na cidade e não deu mais notícias. No dia 28, ainda sem notícias do marido, Françoise procurou a polícia.
O diplomata conhecia a cidade do Rio, onde foi Cônsul-geral da Grécia, entre 2001 e 2004. Antes de assumir a embaixada da Grécia em Brasília, Amiridis foi embaixar da Líbia por quatro anos.